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Araraquara tem 1 homicídio a cada 3 dias

Janeiro já é o mais violento dos últimos dois anos no município; polícia informa que não há relação entre casos

Em apenas 12 dias, foram registradas quatro mortes; delegado diz que situação é atípica

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

O ano começou violento em Araraquara, com uma morte a cada três dias. O mês já é o janeiro com mais homicídios dos dois últimos anos -quando o Estado passou a divulgar dados mensais.

No ano passado, ocorreram dois assassinatos nos 31 dias do mês -mesma quantidade de ocorrências do ano anterior.

Em 2013, já foram registradas quatro mortes. A Polícia Civil afirma que elas não estão relacionadas.

O primeiro homicídio ocorreu no dia 4. O corpo de um homem de 25 anos de idade foi encontrado em um terreno na avenida João Bosco Antonio da Silva Farias, no Jardim Paineiras.

A polícia encontrou, com o rapaz, um cachimbo utilizado para consumo de crack.

Três dias depois, uma jovem de 19 anos foi morta a facadas pelo ex-namorado na Vila Santana. O crime, de acordo com a Polícia Civil, aconteceu na casa da jovem.

Depois de golpear a vítima com um faca, o suspeito acabou fugindo. Horas depois, o corpo do homem foi encontrado perto de um pontilhão, na avenida Bandeirantes. A polícia afirma que ele cometeu suicídio.

No dia 9, um homem de 58 anos foi achado morto com um ferimento na cabeça numa casa do Parque São Paulo. De acordo com a polícia, a morte foi causada por um facão ou machado.

A família contou que a vítima era usuária de drogas e que o local era frequentado por outras pessoas viciadas em entorpecentes.

O último homicídio aconteceu sábado, quando um pedreiro de 27 anos foi morto com duas facadas. O crime ocorreu após uma briga no bairro Maria Luiza.

A Polícia Militar informou que a vítima estava com seu irmão quando se envolveu numa discussão com um desconhecido. Ele foi esfaqueado. O agressor fugiu.

SITUAÇÃO ATÍPICA

O titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara, Elton Hugo Negrini, afirmou ontem que, apesar de o número de assassinatos ser maior em relação aos últimos anos, comparando os meses de janeiro, não há motivos para preocupação no município.

"São crimes passionais, isolados. E são tipos de ações que não se tem como evitar. [As quatro mortes] Não são algo para causar pânico. A sociedade pode ficar tranquila. Estamos vivendo uma situação atípica em Araraquara", afirmou o delegado, que está de férias.

Respondendo interinamente pela DIG, o delegado Fernando Teixeira Bravo não foi localizado ontem pela Folha para comentar os casos.

As quatro mortes em Araraquara já representam quase a metade das ocorrências de dois anos inteiros. Em 2007 e em 2010, foram registrado nove homicídios.

Das quatro mortes na cidade, um caso foi esclarecido -o da jovem que foi esfaqueada pelo ex-namorado. Os outros três seguem sendo investigados pela Polícia Civil.


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