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Ribeirão

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Idade é o maior entrave para a adoção, diz CNJ

DE RIBEIRÃO PRETO

Mais do que ser resistente a crianças pretas ou pardas ou ao sexo, é a idade o fator que mais afasta casais e solteiros da adoção.

Esta foi a principal constatação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com base no perfil do Cadastro Nacional da Adoção.

Opções tão restritivas quanto a idade demonstram estar equivocado o foco da adoção, para o conselheiro Jefferson Kravchychyn. "Quando a adoção é só um ato de amor, funciona muito bem, e a pessoa não se importa com a idade", diz. "Mas muitos buscam a adoção como satisfação pessoal, porque não tiveram filhos."

Segundo o juiz Antônio Carlos Malheiros, do TJ de São Paulo, estrangeiros têm mais facilidade em adotar adolescentes, deficientes ou soropositivos.

"Não há outra explicação se não um problema cultural no Brasil [de não aceitar mais velhos]", diz Gabriel Matos, do CNJ.

Diretores de casas de acolhimento -Maria Helen Drexel e Centro Social Bom Parto, na capital, Cacav e Caribe Nosso Clubinho, em Ribeirão- ressaltam que a lei acelerou a saída de crianças acolhidas.

Isto porque criança hoje só entra em uma entidade com autorização do juiz, o que reduziu internações desnecessárias -antes, qualquer conselheiro tutelar podia encaminhá-las.

Outro ganho foram as chamadas audiências concentradas, quando casos são analisados pelo juiz e órgãos conjuntamente.

Apesar disso, para Ariel de Castro Alves, da comissão da Criança e Adolescente da OAB, falta mais estrutura de técnicos nos fóruns e entidades para acelerar a análise de casos.


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