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Ribeirão

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Cresce o nº de acidentes com escorpiões

Ribeirão Preto registrou 149 vítimas de picadas do aracnídeo em 2012, 10,5% a mais que o total do ano anterior

Baixa resistência faz crianças e idosos correrem mais riscos se picados; cidade não tem morte há dez anos

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

A funcionária pública Maria Angélica Milanez Vieira, 49, vive alerta para não ser picada por escorpião. Virou rotina achá-los em sua casa.

Ribeirão Preto registrou 149 casos de acidentes com escorpiões no ano passado, o que representa 10,5% de aumento em relação às 135 vítimas do ano anterior.

Bonfim Paulista, Jardim Piratininga e Parque Ribeirão Preto concentraram os maiores números de casos de picadas de escorpião.

Maria Angélica mora a uma quadra do cemitério de Bonfim Paulista, uma das regiões que mais concentram o número de vítimas. "Ando atenta para não colocar a mão onde possa ser surpreendida com uma picada."

Conforme a Folha revelou no último dia 12, Ribeirão Preto está repleta de terrenos que viraram depósitos de lixo e de entulho -ambientes propícios para a proliferação do aracnídeo.

Em 2011, a Vila Seixas foi um dos bairros mais atingidos pela infestação.

Na época, dez vizinhos relataram à reportagem que foram picados por escorpiões amarelos -única espécie encontrada na área urbana da cidade-, cuja picada é responsável pela maior parte dos incidentes no país.

A coordenadora da divisão de Controle de Vetores de Ribeirão Preto, Lúcia Taveira, afirmou que o período atual, com chuva frequente, faz aumentar o aparecimento dos escorpiões dentro das residências, já que eles fogem de locais molhados. Especialistas alertam para as prevenções contra os acidentes (veja quadro nesta página).

RISCO

Não é só em casa que mora o perigo. O recepcionista Pedro José da Cunha, 29, que reside no Jardim Heitor Rigon, foi picado por um escorpião quando tentava pegar o brinquedo do seu filho que estava na sarjeta, entre a rua e o bueiro, em dezembro.

Ele recebeu atendimento médico em uma unidade de saúde e deixou o escorpião para análise.

Já o pintor Luís Eduardo Palácio, 39, mora no Jardim Centenário e disse que, no ano passado, encontrou dez escorpiões nas proximidades de casa, saindo de bueiros, ou já dentro dos cômodos. Ele não chegou a ser picado.

De acordo com a coordenadora do Controle de Vetores, Ribeirão Preto não registra mortes por picada de escorpião há pelo menos dez anos. Ela disse que crianças e idosos correm mais riscos por causa da baixa resistência.

A pessoa picada pode ter febre alta, dor intensa no local do ferimento, taquicardia, respiração ofegante, suor intenso e vômito.

O tempo de recuperação do paciente depende do tamanho do escorpião que o picou, da quantidade de veneno injetada, da espécie e da parte do corpo ferida.

O aconselhável é que a pessoa procure um médico com urgência. Ela pode ser liberada no mesmo dia ou ser transferida à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas. "Tudo depende da resistência de cada um", afirmou a coordenadora.


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