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Ribeirão

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Após 3 anos, bairro sofre sem estrutura

Faltam unidade de saúde e escolas, além de placas nas ruas, nos conjuntos Paulo Gomes Romeo e Wilson Toni

Não existe sinalização de trânsito ou base policial na área; nova unidade de saúde será concluída até junho

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

Três anos após a entrega das primeiras casas no Paulo Gomes Romeo e no Wilson Toni, há dois, conjuntos habitacionais vizinhos na zona oeste de Ribeirão Preto, ainda faltam no local unidade de saúde, escolas para crianças maiores, sinalização no trânsito e até placas nas ruas.

Moradores reclamam, por exemplo, que a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Paiva não é suficiente para atender todo o bairro, com o volume maior de novos moradores, e pedem escolas de ensino médio e fundamental.

As ruas ainda não têm placas de identificação e falta sinalização de trânsito.

A prefeitura, em nota, diz que novos serviços estão sendo implantados.

Além da unidade de saúde, o ferreiro armador João Batista Albuquerque Souza, 47, também cita a carência de uma base policial no bairro e de estabelecimentos comerciais. "Isso prejudica a população, que não tem condições de se locomover facilmente para outros bairros."

Ainda segundo Souza, os moradores precisam se deslocar para outros bairros para atendimento médico.

Quem dirige pelo local não encontra placas com nomes de nenhuma das novas ruas.

A falta da sinalização deu lugar ao improviso: ao menos dois muros foram pintados pelos próprios moradores com o nome das ruas e placas foram fixadas nos portões das casas.

A auxiliar de limpeza Marilene Oliveira da Silva, 44, mora na rua Antônio Teixeira de Azevedo há dois anos, e até hoje demora para receber as mercadorias que compra porque os motoristas não encontram a rua.

"O pessoal sobe e desce e não acha as casas", afirma. "Nem mesmo os moradores do bairro sabem indicar o local procurado."

Os problemas de sinalização na rua Luiz Granatto provocam acidentes de trânsito frequentes, de acordo com a auxiliar de máquina Naicilene Rosa da Conceição, 34.

Ela conta já ter presenciado duas batidas entre carros e motos no trecho. "Como não tem aviso, o motorista nunca sabe que tem de parar aqui no cruzamento", diz.

PROBLEMA VIZINHO

Nos apartamentos do conjunto Wilson Toni, a reclamação com a infraestrutura persiste. Pelo menos cinco moradores afirmam que não pagam o condomínio como forma de protesto.

A desempregada Luciana de Araújo Campos, 36, é uma delas. Ela diz que é impossível pagar a dívida para continuar em um bairro sem estrutura adequada e segurança.

Mãe, Luciana também reclama da ausência de escolas de ensino fundamental perto de sua casa.

A também desempregada Solange Fernandes, 33, diz que não paga a taxa do condomínio desde que se mudou da Favela do Brejo, há quase um ano e meio.

Segundo ela, a quadra de esportes do seu bloco, que não tem cercas, vive suja - acha-se até preservativos no local- e objetos da área de lazer, que também é aberta, já foram furtados.

VENDA

Moradores dos dois bairros afirmaram à Folha que existe comercialização e troca de casas ou apartamentos por objetos e até outros barracos em favelas.

Questionados pela reportagem sobre a venda, que é proibida, os supostos novos moradores, porém, negaram a compra dos imóveis.


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