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Ribeirão

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Ex-moradores de favelas ainda se adaptam à vida em casa regular

DE RIBEIRÃO PRETO

Ex-moradores de favelas, removidos das áreas de risco para os conjuntos habitacionais Paulo Gomes Romeo, ainda tentam se acostumar com as mudanças para casas regularizadas.

Alguns readequaram as profissões desempenhadas há anos, enquanto outros aprendem, diariamente, a lidar com novas regras.

O carroceiro Luiz Gonçalves de Oliveira, 59, mudou-se com a mulher e três filhos pequenos da Favela da Mata para o Paulo Gomes Romeo em dezembro de 2011.

Ele é dono de Gaúcho, um cavalo que o acompanha há quatro anos na coleta e venda de objetos usados. A falta de um espaço adequado para deixar o animal vem causando problemas.

Como a urina de Gaúcho exala cheiro forte, ele não pode ficar próximo à casa. Por causa disso, Oliveira deixa o cavalo em um pasto vizinho ao imóvel.

Mas, segundo ele, o mato está cheio de carrapatos, que acabam sendo levados pelo dono para a casa.

Oliveira diz sentir falta da favela. "Lá, o dinheiro que eu ganhava era para a comida. Hoje, é para as contas."

A coletora de recicláveis Izilda de Jesus Ramos, 43, vendeu a égua Madona para se adaptar às condições oferecidas pela nova moradia. Além da Madona, ela perdeu o cachorro Benjamin, atropelado na porta da casa.

Hoje, Izilda coleta recicláveis em um carrinho de bebê improvisado, mora sozinha e já não tem os animais que a acompanhavam. "Da favela, só tenho as boas lembranças dos que não estão mais aqui."


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