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Ribeirão

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Em 23 horas, sete morrem na Faria Lima

Acidentes na chamada 'rodovia da morte' foram em trechos entre Barretos e Colômbia que não serão duplicados

Duas das vítimas foram atingidas quando iam para o velório de cinco colegas mortos no dia anterior na estrada

GUSTAVO STIVALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Num intervalo inferior a 23 horas, sete pessoas morreram e outras duas ficaram feridas em dois acidentes na rodovia Brigadeiro Faria Lima, que liga Barretos a Colômbia.

O primeiro acidente na chamada "rodovia da morte" ocorreu às 8h45 de anteontem, no quilômetro 454, e matou cinco funcionários da Usina Continental. As vítimas estavam em um automóvel que tentou uma manobra para cruzar a pista e foi atingido na lateral por um caminhão.

O segundo foi às 7h30 de ontem e matou outros dois funcionários da usina, ao bater de frente com uma camionete que tentava uma ultrapassagem no quilômetro 434.

As vítimas iam ao velório dos colegas de trabalho mortos no acidente do dia anterior. Os dois ocupantes da camionete foram socorridos com vida e internados em um hospital de Barretos. Em 2011, foram 211 acidentes na rodovia, com 22 mortes.

Moradores de Barretos e Colômbia já fizeram, nos últimos dois anos, diversas manifestações para pedir melhorias na pista a fim de diminuir a quantidade de acidentes.

Em agosto do ano passado, o Estado iniciou obras de duplicação em trecho da rodovia, que não inclui os pontos onde os veículos se acidentaram -neles, as obras são de recapeamento e pavimentação do acostamento.

Na ocasião, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou os trabalhos como uma "vacina" contra os acidentes na pista. Está sendo duplicado o trecho entre os quilômetros 426 e 432.

As obras, segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), devem ser concluídas em novembro e seguiram estudos técnicos (leia texto nesta página).

O Comitê Para a Duplicação da Brigadeiro Faria Lima, no entanto, informou que os trechos mais perigosos da pista, como o trevo próximo à entrada da Usina Continental, no quilômetro 454, não receberão melhorias.

"É um trecho de movimento muito intenso de caminhões e não foi feito nada. Nosso medo é que os acidentes aumentem", disse Maria Inácia Macedo Freitas, superintendente de Meio Ambiente de Colômbia.

O prefeito de Colômbia, Endrigo Lucas Bertin (PTB), disse que o trevo de acesso à usina, que é no mesmo nível da pista de rolamento, precisaria ser rebaixado.

Ele disse também que outro ponto que precisa de intervenções, que não estão previstas, é o trecho próximo à balança para caminhões da Brigadeiro Faria Lima, na altura do quilômetro 434.

"Não há área de escape. Os caminhões às vezes fazem fila para ir à balança e têm de ficar na via."

O prefeito e o comitê disseram que vão estudar formas para pedir ao DER obras nos trechos considerados críticos.


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