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Ribeirão

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Por mês, até 40 pedem ajuda para dependente

Essa é a média de pedidos recebidos pela Prefeitura de Ribeirão para tratar usuários, principalmente de crack e álcool

Defensoria recebe até 4 pedidos por dia de parentes que querem a internação involuntária de algum familiar

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

A Prefeitura de Ribeirão Preto recebe até dez pedidos por semana para internar dependentes químicos, principalmente viciados em crack, em comunidades terapêuticas. Cinco anos atrás, era uma solicitação por semana.

A estimativa da demanda é da Coordenação de Saúde Mental do município. Mas, fora os ambulatórios (Caps) e leitos em hospitais, a cidade tem só 20 vagas gratuitas via SUS na comunidade terapêutica Rarev, por meio de repasse do governo federal.

Além dos apelos à prefeitura, a demanda por tratamento também é alta na Defensoria Pública de Ribeirão.

Por dia, são de três a quatro pedidos de familiares que querem internação compulsória para o parente. Na maioria dos casos, as famílias estão no limite, diz a defensora Ana Simone Viana Cota Lima.

"Os pais até tentam levar o filho ao ambulatório, ao Caps, mas eles não aderem. Aí começa a agressão física, o roubo de objetos de casa."

Márcia Marisa Macei, da associação de familiares do dependente químico de Ribeirão, diz ser procurada por ao menos 20 mães por mês -a maioria busca vagas em comunidades terapêuticas.

INSUFICIENTE

Dos pedidos semanais à prefeitura, todos os pacientes chegam a passar por avaliação médica, segundo o psiquiatra Alexandre Firmo Souza Cruz, da Saúde Mental.

Mas ele não soube dizer quantos de fato conseguem internações mais prolongadas, como pedem as famílias -em leitos hospitalares (até três meses, em geral) ou no Rarev (de seis a nove meses).

Cruz admite, porém, que as 20 vagas do SUS na clínica terapêutica são insuficientes. Para atender ao volume de dependentes na fila de espera, a partir desta semana a prefeitura deve custear mais 60 vagas gratuitas em outras comunidades terapêuticas, fora de Ribeirão Preto.

Na região, há três hospitais com leitos para usuários de drogas -Santa Tereza e HC (Hospital das Clínicas), em Ribeirão, e Cais, em Santa Rita do Passa Quatro. Em nota, o governo estadual disse que são 691 leitos especializados em todo o Estado -serão mais 501 até 2014.

Ainda segundo o Estado, quando há necessidade, a vaga é solicitada pela central de regulação, que pode encaminhar o paciente até para leitos fora da região -está sendo feito um levantamento para detectar as demandas de cada cidade no tratamento de dependentes químicos.


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