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Seis cidades concentram a dengue na região
Situações mais críticas são as de Barretos e Ituverava, mas outras quatro cidades formam um 'corredor' da doença
Municípios vizinhos a locais de concentração de casos, como Colina e São Joaquim da Barra, também estão em alerta
Seis cidades da região de Ribeirão e uma de Minas Gerais formam um "corredor" que concentra os casos de dengue no início do ano. São 752 casos confirmados da doença, além de outros 1.783 suspeitos nessas localidades.
Os registros mais numerosos se concentram em Uberaba, no Triângulo Mineiro, Barretos e Ituverava. Os três municípios têm 90% dos casos suspeitos da doença nesse aglomerado (veja quadro nesta página).
Em Uberaba são 518 casos suspeitos, com uma morte, registrada nesta semana. No dia 16, a cidade decretou estado de emergência.
Cento e quarenta e dois casos de dengue foram confirmados em Barretos, que conta com outras 681 notificações. Novos dados devem ser divulgados hoje, e a expectativa é que o número cresça.
Segundo dados da Secretaria da Saúde de Barretos, só 13 casos suspeitos foram negativados neste mês. Proporcionalmente, a cada cem casos notificados da doença, só dois não se confirmam.
Apesar dos números, a secretária da Saúde de Barretos, Naima Khatib, negou que a cidade esteja em quadro de epidemia. "São números preocupantes, mas 142 confirmações não são suficientes para caracterizar um quadro epidêmico."
Em Ituverava, 50 casos de dengue foram confirmados, enquanto outros 402 aguardam resultados de exames. O número de casos positivos corresponde a 40% do total de 2012 na cidade.
Outros municípios com notificações são Guaíra, com 19 casos nos primeiros 24 dias de 2013, Miguelópolis (13), Guará (6) e Orlândia (4).
Os números ligaram o sinal de alerta em municípios vizinhos que ainda têm poucas notificações neste ano.
Em Colina, por exemplo, segundo informou o Centro de Controle local, o único caso confirmado de dengue foi registrado em uma pessoa que vai rotineiramente a Barretos. Os centros das duas cidades ficam distantes 18 quilômetros um do outro.
A coordenadora do Controle de Vetores de São Joaquim da Barra, Ellen Lemos, disse que o município pretende reforçar os trabalhos de bloqueio do mosquito da dengue na cidade, que é vizinha de Guará e Ituverava.
"O problema é que nos falta mão de obra. Os casos de dengue na cidade vão aumentar, mesmo que seja possível fazer um arrastão contra a dengue. Não dá para controlar o fluxo de pessoas entre as cidades", afirmou.
Neste ano, somente um caso de dengue foi confirmado em São Joaquim da Barra.
