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Ribeirão

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Nº de assassinados cresce 46% na região

Foram 338 vítimas de homicídio em 2012; percentual local está acima dos 15% de aumento de mortos no Estado

Em Ribeirão, taxa de sete mortos por 100 mil habitantes saltou para 12,5; chacina em São Carlos fez sete vítimas

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Muito acima da alta registrada no Estado, a região de Ribeirão Preto encerrou 2012 com um crescimento de 46,3% no número de vítimas de homicídios dolosos (intencionais), se comparado ao total do ano anterior.

Foram 338 pessoas assassinadas na região, ante as 231 de 2011. Já no Estado todo, o número de vítimas desse crime foi de 5.206, o que representou uma alta de 18,2%.

Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

O município de Ribeirão foi um dos responsáveis pela alta. Se em 2011 foram assassinadas 48 pessoas de forma intencional, o número em 2012 quase dobrou: 82.

Nos últimos três anos, a proporção era de sete mortos por 100 mil habitantes em Ribeirão, índice que saltou para 12,5 mortos em 2012.

Em São Carlos, palco de uma das chacinas na região no ano passado, houve um aumento de 112,5% nos homicídios dolosos.

Entre os 34 mortos estão os seis homens e uma mulher assassinados em outubro, na que foi considerada a maior chacina da história local.

O delegado João Osinski Júnior, diretor do Deinter-3, órgão responsável pela Polícia Civil na região, disse que só poderia comentar os dados regionais na segunda-feira.

Afirmou, porém, que os motivos da alta de homicídios refletem o ocorrido em todo o Estado no último trimestre. "No quadro geral, houve um ataque de criminosos às forças de segurança e também um revide desses policiais."

Desde o fim do ano, quando assumiu, o delegado diz ter havido uma redução dos crimes na região e uma maior atuação das delegacias na investigação dos crimes.

Há 15 dias os comandos das polícias Civil e Militar estão se reunindo, segundo ele, para traçar estratégias.

RELAXAMENTO

O pico de homicídios, em especial no segundo semestre, pode ser reflexo de um relaxamento da Polícia Militar no policiamento de rua, segundo o ex-coronel José Vicente da Silva Filho, consultor em segurança pública.

Outra possível razão, para ele, foi "ter esfriado a cooperação entre as polícias" Militar e Civil.

Além do policiamento, falta ação social, diz Matheus Cury, presidente do Conselho Penitenciário paulista. "Enquanto não se resolvem questões sociais primárias, os índices só tendem a aumentar." A PM diz que o aumento dos índices não pode ser atribuído só à intervenção policial.


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