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Ribeirão

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Em um ano, atropelamentos crescem 16%

Dados da PM mostram que o aumento no total de atropelados supera a ampliação da frota da cidade no período

Ribeirão Preto teve 380 ocorrências registradas pela Polícia Militar no ano passado, 52 a mais que no ano anterior

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Todos os dias, em média, uma pessoa é vítima de atropelamento nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto. É o que mostram dados da Polícia Militar obtidos pela Folha, que apontam 380 ocorrências do gênero em 2012.

O número representa um aumento de 15,9% em comparação ao ano anterior, crescimento superior ao da frota do município, de 5,71% no período e composta por 450 mil veículos, de acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Entre as quatro localidades mais populosas da região, Ribeirão Preto foi a única a apresentar aumento expressivo desse tipo de ocorrência de trânsito em 2012.

Segundo o especialista em trânsito e docente da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Archimedes Azevedo Raia Junior, a frota em cidades grandes é um dos fatores que contribui para o volume de atropelamentos.

Já a gravidade dos acidentes, segundo ele, varia conforme a característica da via. "Normalmente, atropelamentos mais leves acontecem nas áreas centrais. Essas regiões têm mais pessoas e o fluxo de veículos é maior", afirmou.

Já os casos graves, que envolvem mortes, geralmente estão em grandes avenidas, onde o motorista trafega em maior velocidade, conforme o especialista.

Nas avenidas Independência e Presidente Vargas, por exemplo, o horário de pico é crítico para o pedestre.

Um estudo feito pela Transerp (empresa que gerencia o trânsito na cidade) mostra que o fluxo de veículos nas duas vias é de 3.000/hora e 2.200/hora, respectivamente.

PERIGO

Além dos atropelamentos, Ribeirão registrou 17,3 mil acidentes em 2012. Apesar de a maioria das ocorrências -13,4 mil- não envolver vítimas, mais de 3.800 pessoas sofreram algum tipo de lesão no trânsito.

É o caso de Staylon Norton Paulino Isaias, 24. Em junho do ano passado, ele sofreu um acidente de moto em que fraturou a bacia e o punho direito e sofreu três paradas cardíacas. Fez cirurgias e ficou cinco meses sem andar.

Estava a caminho do trabalho quando outra motocicleta o atingiu de frente.

"Perdi o movimento das mãos e tenho dificuldade de andar. O acidente foi uma imprudência dos outros que mudou minha vida completamente. Hoje eu não posso trabalhar e tenho que me acostumar com isso", disse.

Acidentes como o de Isaias são comuns na região de Ribeirão Preto. A média é de 89 diariamente nas principais localidades. Procurada pela reportagem, a Transerp não comentou o assunto.


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