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Ribeirão

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Médicos 'emprestavam' contas para desvios, diz Polícia Civil

Envolvidos participariam de esquema de fraudes da Secretaria da Saúde

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A Polícia Civil de Sertãozinho apurou que médicos terceirizados "emprestavam" contas bancárias para viabilizar um esquema de desvio de dinheiro público envolvendo a Secretaria da Saúde.

Segundo o delegado Pláucio Fernandes, que apura o caso, as investigações levam a crer que as fraudes acontecem ao menos desde 2009.

"Ouvi funcionários de dentro da secretaria e agora comecei a ouvir os médicos que estariam supostamente envolvidos", afirma Fernandes.

"São os profissionais terceirizados que estariam emprestando contas bancárias para que fossem creditados os valores indevidos", diz.

Segundo o delegado, os médicos ouvidos confirmaram a estratégia, mas alegaram que repassavam integralmente o dinheiro para o coordenador do esquema -nenhum nome foi divulgado.

"Os suspeitos estão tentando documentar que não ficavam com nenhum valor. Mas, isso é indiferente na caracterização do crime, uma vez que propiciar desvio de dinheiro público é peculato."

A estimativa de Fernandes é que ao menos dez pessoas estejam envolvidas no caso.

Uma perícia contábil vai estabelecer o valor exato de dinheiro desviado. A previsão é que as investigações sejam concluídas nos próximos 30 dias, diz o delegado.

No final de 2011, uma denúncia anônima no Ministério Público Estadual apontava um suposto desvio de verbas na Secretaria da Saúde.

A Polícia Civil iniciou as investigações e, em novembro de 2012, cumpriu sete mandados de busca e apreensão -seis em Sertãozinho e um em Ribeirão Preto. Foram apreendidos documentos de unidades de saúde e imóveis.

Dias depois, o secretário da Saúde do município, Jorge Fernando Furtado, deixou o cargo na prefeitura.

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Sertãozinho afirma que a administração aguarda a conclusão do inquérito policial para se manifestar, já que o processo corre em segredo de Justiça.

Alguns médicos envolvidos no caso foram afastados do cargo ou remanejados em outras funções, diz.

Procurados pela Folha, o ex-prefeito Nério Costa (PPS) e o ex-secretário da Saúde Jorge Fernando Furtado não foram encontrados ontem.


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