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Ribeirão

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Fusões e crise da Passaredo fazem Ribeirão perder 3.700 voos em 1 ano

Especialista, que considera o Leite Lopes 'desconfortável', diz que queda contraria tendência global

Aeroporto teve 19.069 voos em todo o ano passado, número 16,3% menor do que o registrado em 2011

FERNANDA TESTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

O aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, fechou o ano passado com 19.069 voos regulares, 3.716 a menos do que o registrado em 2011.

A queda de 16,3% (veja mais no quadro abaixo) contraria a tendência global de mercado, segundo especialistas, mas pode ser explicada por dois fatores: as fusões entre companhias (Webjet-Gol e Trip-Azul) e a crise na Passaredo -empresa de Ribeirão que tinha grande quantidade de voos saindo de sua sede- provocaram a diminuição de linhas.

Os dados, do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) -órgão que administra o aeroporto na cidade-, mostram ainda que a quantidade de passageiros também caiu: de 1,11 milhão em 2011, foi para 1,07 milhão no ano passado.

"Com preços mais acessíveis, a tendência geral seria o aumento de voos regulares", afirmou o estudioso de engenharia aeronáutica e docente da USP James Rojas Waterhouse. Um exemplo: a cidade, que já teve voos diretos para Recife, não tem mais.

Para ele, a situação financeira da Passaredo foi uma das principais razões da queda de voos. A companhia, que está em recuperação judicial, deixou de operar todos os itinerários para o Sul do país e, em novembro, chegou a voar só com quatro aeronaves.

A saída da Webjet do Leite Lopes em agosto -após a fusão com a Gol- também influenciou o cenário negativo, segundo Waterhouse.

A assessoria de imprensa da Gol afirma, no entanto, que, apesar de a Webjet ter encerrado as operações, a Gol atualmente oferece voos em parceria com a Passaredo.

SEM CONFORTO

Problemas na infraestrutura do Leite Lopes podem se tornar um motivo para que as companhias diminuam o número de voos no aeroporto.

Segundo Waterhouse, o terminal de Ribeirão é relativamente pequeno em comparação com o tamanho da cidade. "É um terminal desconfortável, é inferior ao de outros aeroportos [do interior do país] e a pista de Ribeirão não é melhor que a de aeroportos como Franca e Araraquara, por exemplo."

PLANO FEDERAL

Com o plano federal de auxílio aos aeroportos, é possível que cidades menores passem a operar voos comerciais e que Ribeirão perca ainda mais voos no longo prazo.

"É a curva de demanda esperada, já que a cidade não oferece nenhuma situação melhor para os passageiros."

Procuradas, as outras companhias aéreas que operam em Ribeirão -TAM, Azul e Passaredo- não comentaram a diminuição de decolagens e pousos em Ribeirão Preto.

Em nota, a Azul disse apenas que nos últimos dois anos acrescentou voos diretos de Ribeirão a Belo Horizonte (MG), além de manter as linhas para Campinas.


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