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Segundo plantão de Ribeirão deixa de operar
No último dia de funcionamento, ontem, moradores reclamam do fechamento de unidade dos Campos Elíseos
Cidade pode perder ainda o distrito policial de Bonfim Paulista; mudanças viram polêmica política
No último dia de funcionamento do segundo plantão policial de Ribeirão, moradores e comerciantes dos Campos Elíseos reclamaram ontem da desativação da unidade.
De acordo com eles, a presença constante da polícia gera uma sensação maior de segurança nas imediações.
O fechamento do plantão faz parte de um processo de reestruturação da Polícia Civil. A partir de hoje começa a operar a Central de Flagrantes, no prédio do primeiro plantão e onde fica a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), na rua Duque de Caxias. Na prática, significa que a cidade, antes com dois plantões, passa a ter apenas um. A reformulação pode incluir ainda o fechamento do DP de Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto -o que a polícia nega.
"Quanto mais polícia, melhor", diz o aposentado Manu Messias, 61. "Já é perigoso com a polícia aqui [nos finais de semana e feriados], imagine sem."
Lázara Aparecida da Silva, 62, que também mora no bairro, afirma que bandidos podem "dominar" a praça localizada em frente ao plantão. "Com a polícia, temos sensação de segurança", disse o taxista Paulo Alvarenga, 47.
O diretor do Deinter-3 (departamento de polícia da região), João Osinski Júnior, diz que a mudança vai melhorar e agilizar o atendimento, centralizando as ocorrências.
Ele fala também que isso não impede que a população faça registros nos distritos policiais instalados pela cidade durante o dia. Só os flagrantes -feitos por policiais- serão concentrados no prédio da Duque de Caxias.
"Os flagrantes nos DPs atrapalham o serviço nos distritos, por isso, vão para um lugar mais estruturado, com mais funcionários, sala de espera, banheiro, água", disse.
A mudança foi muito criticada por vereadores e pela prefeita Dárcy Vera (PSD). A Câmara virou inclusive palanque para os parlamentares criticarem o governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Osinski diz que houve um "julgamento por desconhecimento do caso". "Estão criticando uma mudança que será favorável à população."
"Não. A população saiu perdendo", discordou o presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB).