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Ribeirão

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Mesmo com chuvas, há falta de água de norte a sul de Ribeirão

No Alto da Boa Vista, moradores esperam o abastecimento desde a manhã de anteontem

Problema persiste há mais de quatro meses em ao menos seis bairros; prefeitura promete novos poços

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

Mesmo com o período de chuvas, moradores de ao menos seis bairros de todas as regiões de Ribeirão Preto sofrem com a falta de água. Nesses locais, o problema já dura mais de quatro meses, segundo 17 moradores ouvidos pela Folha nesta semana.

O desabastecimento foi um dos temas da campanha que reelegeu a prefeita Dárcy Vera (PSD), que chegou a dizer em propaganda que sabotagens causaram falta de água. O problema é, porém, recorrente (leia texto ao lado).

Para melhorar o abastecimento, a prefeitura promete novos poços artesianos.

Na segunda-feira a corretora de imóveis Márcia Vieira, 55, que mora no bairro nobre Alto da Boa Vista, ficou sem água das 9h às 20h. O problema voltou às 9h do dia seguinte e, até as 19h de ontem, continuava.

"Liguei no Daerp pedindo um caminhão-pipa, mas não fui atendida. Estou inconformada, isso acontece sempre."

Do outro lado da cidade, no Ribeirão Verde, a situação é semelhante. Segundo o motorista Francisco Antônio de Alcântara, 55, um terço do bairro sofre com falta de água e os "clássicos" baldes e garrafas são opções de armazenamento contra a escassez.

A dona de casa Maria de Lourdes Teixeira Cano, 73, diz que chega a ficar até quatro dias sem limpar a casa e lavar a louça por falta de água durante o dia. "Depois eles [funcionários da prefeitura] pedem para deixarmos a casa limpa e evitar dengue."

Ela ainda faz várias reservas durante a madrugada. "Não quero prejudicar a prefeita, mas ela está prejudicando a população."

PARADOXO

Na Lagoinha, o empresário Marcus Vinícius Moreira de Carvalho, 48, diz que na área alta do bairro há escassez de água. Na parte baixa, porém, entre a avenida José Gomes da Silva e a rua Walt Disney, a pressão é tanta que chega a estourar os canos.

"Por ano, eu troco duas boias da caixa-d'água."

No Ipiranga também há contrastes. Moradores da rua Enzo Morande e do edifício Mirante do Sol ficam sem água durante o dia desde novembro. Mas, há 20 dias, quem mora perto dali não sofre mais com o problema, que persistiu no ano passado.

Em novembro, o aposentado Antônio de Oliveira Barata, 68, mostrou à Folha os improvisos feitos para fugir da escassez -baldes e garrafas armazenados. Ontem, ele disse que a situação voltou ao normal. "Ficamos uns quatro meses tomando banho com água da chuva, mas agora está melhor."


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