Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Indústria desiste da Cidade da Energia

Sem parceria com associação nacional de fabricantes de máquinas, projeto para o setor bioenergético corre risco

Atual administração diz que vai buscar outra maneira para viabilizar projeto, que já deveria estar pronto em 2010

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) informou que rescindiu o convênio com a Prefeitura de São Carlos para a implantação da Cidade da Energia.

O complexo, que reuniria espaço para grandes eventos voltados ao setor bioenergético, além de concentrar pesquisas de desenvolvimento tecnológico na área, tinha previsão de ser inaugurado em abril de 2010, mas até hoje ainda não saiu do papel.

O local receberia, inclusive, a tradicional Agrishow, que acabou permanecendo em Ribeirão Preto.

A Abimaq diz, por meio de nota, que a quebra do acordo ocorreu diante da ausência de obtenção de autorizações necessárias e pertinentes ao pleno e regular funcionamento da Cidade da Energia, como licenças ambientais.

Cita ainda a impossibilidade do cumprimento do convênio em razão da não realização de obras de infraestrutura, de responsabilidade da Prefeitura de São Carlos, no entorno da área.

Sem a Abimaq, o projeto só irá continuar se a cidade conseguir novos investidores.

Entre os problemas ocorridos desde o lançamento do projeto, em 2008, está a paralisação -em março do ano passado- do processo de duplicação da estrada vicinal Guilherme Scatena, que daria acesso à Cidade da Energia.

De acordo com o deputado federal Newton Lima, então prefeito na época do anúncio do projeto e hoje presidente do PT em São Carlos, o município tem R$ 14 milhões em caixa para realizar as obras na estrada, mas não consegue dar continuidade nos trabalhos por falta de licenciamento ambiental.

Ele diz que a cidade perdeu no ano passado R$ 4 milhões referentes à primeira etapa da obra e que retornaram para a União. Afirma ainda que a prefeitura pode perder o restante dos recursos se os problemas de licenciamentos não forem solucionados.

PREJUÍZOS

"Se nada for feito, a cidade deve ficar sem os outros R$ 14 milhões destinados para duplicar a rodovia [vicinal Guilherme Scatena]", afirma Newton.

O procurador jurídico da prefeitura, Valdomiro Antonio Bueno de Oliveira, diz que o município ainda não foi informado oficialmente da rescisão do convênio com a Abimaq, mas que o prefeito Paulo Altomani (PSDB) tem a intenção de dar continuidade ao projeto de construção da Cidade da Energia.

Ele confirmou que o município tem dinheiro em caixa para realizar a duplicação da Guilherme Scatena e que a prefeitura trabalha para liberar as licenças necessárias e iniciar as obras.

"O prefeito quer, sim, continuar o projeto. Agora, é achar outra maneira para viabilizá-lo", afirmou. Em reunião em São Paulo, o prefeito não pôde atender à Folha.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página