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Araraquara vai devolver pedágio pago por motos

Mesmo com revogação da tarifa, grupo promete novo protesto no domingo

Prefeitura admitiu irregularidade na cobrança após protestos no local, conhecido como 'pedágio da coxinha'

FERNANDA TESTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

A Prefeitura de Araraquara anunciou ontem à noite que vai devolver o dinheiro pago por motociclistas no pedágio da vicinal entre o município e Matão. A cobrança, que passou a ser feita no último dia 1º, foi revogada três dias depois.

Apesar do recuo do prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB), que admitiu irregularidade na cobrança para motos, motoristas planejam novos protestos contra o aumento de 50% na tarifa para carros no local, conhecido como "pedágio da coxinha".

O reajuste vai representar um acréscimo de cerca de R$ 1 milhão na arrecadação anual.

No último final de semana, um protesto provocou filas de seis quilômetros no trecho. Os motoristas pagaram o pedágio (de R$ 1,50 para carros e de R$ 0,75 para motos) apenas com notas de R$ 100 e R$ 50. O grupo quer repetir a ação no próximo domingo.

"A manifestação agora terá somente carros", afirma Fábio Sônego de Toledo, um dos organizadores.

A prefeitura diz que, para a devolução do dinheiro aos motociclistas, eles terão de apresentar o comprovante na Secretaria de Transportes.

Motoristas ouvidos pela Folha argumentam que o percentual de 50% de aumento é superior aos índices de reajuste registrados nas estradas concedidas no Estado (não chegam a 10%).

"Para quem viaja todos os dias, pesa no bolso no final do mês", diz o caminhoneiro José Aparecido Romani.

Já o aposentado Carlos Alberto Roza afirma que a vicinal não oferece segurança ao condutor. "Não tem acostamento, não tem ambulância com UTI 24 horas e o serviço de guincho é pago."

Outra reclamação é a transferência da verba adquirida no pedágio -antes esses recursos eram destinados a melhorias na vicinal. Uma nova lei prevê a aplicação em qualquer outra área da cidade.

A destinação do dinheiro arrecadado pelo pedágio é alvo de inquérito no Ministério Público. Segundo o promotor Raul de Mello Franco Junior, a preocupação não é com quem administra a praça.

"O problema é como o dinheiro arrecadado é aplicado. Pedágios só existem com uma finalidade, segundo a Constituição. A arrecadação só pode ser usada para a manutenção da pista", diz.

Segundo ele, o prefeito já foi notificado sobre o inquérito e deve comparecer a uma audiência no Ministério Público no dia 19. "Vamos propor a revogação dessa lei."


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