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Ribeirão

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Criminalidade na zona norte faz comércio fechar as portas

Região é a que concentra o maior número de furtos e roubos em Ribeirão

Até a tradicional igreja Santo Antônio, no bairro dos Campos Elíseos, já sofreu com a ação de bandidos

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Igreja estudando fechar em dias comuns e abrir apenas em celebrações e missas. Moradores que não saem de casa à noite com medo da violência. E comerciantes abandonando ou vendendo seus estabelecimentos por causa da criminalidade alta.

Situações como essas estão sendo vividas por pessoas e empresários da zona norte de Ribeirão Preto -a região mais violenta da cidade, segundo dados estatísticos do próprio governo do Estado (veja quadro ao lado).

O presidente da Associação de Moradores e Benfeitores dos Campos Elíseos, Jair Grellet Filho, conta que já há casos de moradores que se mudaram do bairro por causa da violência, e que comerciantes desistiram dos negócios devido aos assaltos.

É o caso da cabeleireira Claudiana Pereira Goulart, 40, que fechou as portas de seu salão de beleza após prejuízo de R$ 7.000 em dois furtos, no ano passado.

"Me senti lesada, desamparada. Perdi quase tudo. Tive que fechar por causa do prejuízo", disse Claudiana, que teve o salão por dois anos. Hoje, ela conta que está desempregada e procura um lugar para trabalhar. "Meu sonho acabou."

Outra empresária, que preferiu não falar com a Folha, vendeu sua loja também no ano passado depois de sofrer um assalto na avenida Saudade, principal via da zona norte e ponto comercial da região. Vizinhos dela contaram que a mulher ficou traumatizada e nunca mais voltou a trabalhar após ter uma arma apontada para a cabeça.

Já o comerciante Marcos Lauer, 57, relata que já foi assaltado quatro vezes na região. Para proteger seu estabelecimento, ele diz que está instalando alarme, câmeras de monitoramento por vídeo e cerca elétrica.

Até a igreja Santo Antônio, uma das mais tradicionais de Ribeirão, sofre com a ação dos bandidos. Em novembro do ano passado, o local foi furtado duas vezes em menos de seis horas. Um dos suspeitos foi preso em flagrante.

A Folha apurou que a paróquia estuda fechar as portas de entrada em alguns horários de dias comuns. A mudança não vai alterar, porém, a programação de missas e celebrações. Normalmente, o local fica aberto das 6h às 11h e das 14h às 20h.

Uma paroquiana comentou que moradores de rua e usuários de drogas que ficam na praça localizada em frente à igreja acabam espantando quem vai rezar. Procurada, a igreja não comentou.


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