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Crises em série fazem Dárcy desistir de mudança 'brusca' no secretariado

Aumento do IPTU, cassação da prefeita e crise financeira retardam trocas no primeiro escalão

Governo diz, porém, que problemas não atrapalham e que mudanças serão feitas de forma gradativa

LUÍS EBLAK EDITOR DA “FOLHA RIBEIRÃO” JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Depois de ter anunciado que faria grandes mudanças em seu secretariado, a prefeita Dárcy Vera (PSD) já admite que não vai mais realizar trocas "bruscas" no governo.

O aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que até hoje causa polêmica, a cassação da prefeita e a crise financeira do município ajudaram a dificultar a montagem do governo para o mandato 2013-2016.

A revisão da planta genérica de valores, base de cálculo do IPTU, causou desgaste ao governo porque foi enviada logo após a reeleição de Dárcy e os vereadores tiveram pouco tempo para votar.

A Câmara recebeu o projeto em novembro e votou no mês seguinte para que o aumento -oficialmente de até 130%- valesse já em 2013.

A decisão da Justiça Eleitoral que cassou o mandato da prefeita e do vice, Marinho Sampaio (PMDB), congelou o anúncio de mudanças. A sentença foi anunciada no dia 11 e só não foi pior para Dárcy porque a Justiça permitiu que ela continuasse no cargo até decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

A crise financeira prejudica porque as dívidas e o não pagamento de fornecedores assustam bons candidatos.

TROCAS GRADATIVAS

Procurada, nem Dárcy nem sua assessoria comentaram, mas a Folha apurou junto a funcionários do primeiro escalão e assessores próximos à prefeita que ela já decidiu fazer mudanças "aos poucos". O argumento agora é que as trocas gradativas não vão atrapalhar o andamento do governo municipal.

O secretário da Administração e presidente local do PSD, Marco Antonio dos Santos, e a assessoria da prefeita negam que as crises financeira, do IPTU e a cassação da prefeita prejudiquem a montagem do governo (leia texto nesta página).

"Por causa dos últimos acontecimentos, são menos frequentes as reuniões relacionadas a mudança na administração. A prefeita está focada no trabalho, em muitas ações. E isso é o mais importante neste momento". Ele disse, no entanto, que por acontecimentos, ele quis se referir a obras do governo.

Sobre a crise financeira, o governo diz que a situação dos cofres públicos apresenta melhoras em relação a anos anteriores -o último resultado de fevereiro, por exemplo, traz superávit.

Santos confirmou apenas que as mudanças no primeiro escalão estão mais lentas, mas enfatizou que o assunto está sendo tocado diretamente pela própria Dárcy.

Segundo a Folha apurou, a próxima troca deve ser o anúncio da saída nos próximos dias da secretária do Meio Ambiente. Mariel Silvestre deve sair do cargo e dar lugar a algum nome indicado pelo PP da família Romano Machado, conhecida na cidade pelas ligações históricas com o deputado Paulo Maluf, do mesmo partido.

SALÁRIOS 'BAIXOS'

A Folha apurou também que os salários dos secretários, hoje de R$ 12 mil, afastam nomes do mercado, especialistas em suas áreas. Dois profissionais foram convidados por Dárcy, mas declinaram devido aos vencimentos.

No ano passado, Dárcy rejeitou a possibilidade de aumentar o salário do prefeito e, consequentemente, dos secretários, a partir de 2013.

Em 2008, a prefeita já tinha enfrentado o mesmo problema. Antes de acertar o nome de Carla Palhares na Secretaria da Saúde -depois substituída por Stenio Miranda-, um médico da USP e outro do Hospital das Clínicas conversaram com intermediários de Dárcy, mas o salário foi o impeditivo para ambos.


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