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Saúde + Ciência

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Depoimento

'Sei que não é a cura, mas espero que ela melhore'

DA EDITORA DE “CIÊNCIA+SAÚDE”

O engenheiro Renato Vasconcellos de Oliveira, 57, viu uma reportagem sobre a implantação do "marca-passo cerebral" em pessoas com alzheimer no Canadá há três anos e decidiu procurar o tratamento para sua mulher, Maria Amélia, 56. Ela recebeu diagnóstico da doença há quatro anos.

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"Nos casamos há uns 30 e tantos anos e minha mulher era do lar. Temos dois filhos, um advogado e uma médica. Levávamos uma vida comum, cinema, teatro. A gente viajava muito aqui pelo Brasil, principalmente Nordeste, Sul, Canela, Gramado. Ela gostava muito de frio, para se vestir mais bonita.

Até que aconteceu esse fato [o diagnóstico de alzheimer]. Foi um Deus nos acuda. Desses quatro anos para cá, não faço nada além de cuidar dela, mas continuo trabalhando. Temos duas enfermeiras.

Tudo começou de forma simples. Pequenos esquecimentos que, no começo, a gente interpretava até como brincadeira.

Fizemos uma bateria de exames. Ela passou a tomar remédios para controlar o humor, tentar diminuir a rapidez da perda de memória para não ficar agressiva, hiperativa.

Soube do novo tratamento pela TV. Entramos em contato com os pesquisadores do Canadá e eles nos indicaram médicos no Brasil. O problema é que o preço era muito alto, então recorri ao plano de saúde, que negou inicialmente. Procurei a Justiça e conseguimos fazer a cirurgia.

A operação aconteceu há um mês. Agora, estamos na expectativa. Já notei alguma melhora, em detalhes, pequenas coisas do dia a dia.

Os médicos não prometeram milagre. Não é a cura. Mas, por menor que seja o resultado, é melhor que nada, que ficar esperando a morte chegar.

Espero que a gente possa retomar essas pequenas coisas, como viajar e nos divertir um pouco."


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