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Novo dinossauro com aparência de galinha dá pista sobre evolução

Grupo dos "ladrões de ovos" é bem conhecido na Ásia, mas faltavam fósseis na América do Norte

DE SÃO PAULO

Uma nova espécie de dinossauro anunciada ontem já figura entre mais estranhas registradas. Não por acaso, ela foi apelidado de "galinha do inferno" pelo grupo de cientistas que a descobriu.

A alcunha deve-se à aparência do bicho e ao local de seu descobrimento, a formação Hell Creek (riacho do inferno, em inglês).

O novo dinossauro já está contribuindo para compreender melhor a evolução de seu grupo. Ele fazia parte dos chamados oviráptores ("ladrões de ovos"), que são bem documentados em sítios da Ásia, mas até agora não haviam sido identificados de forma tão detalhada na América do Norte.

O animal, que viveu aproximadamente de 66 milhões de anos atrás, tinha um jeitão de galinha gigante. Do bico à ponta da cauda, eram cerca de três metros de comprimento. Para completar o visual, uma crina adornava o topo de sua cabeça. Os cientistas também acreditam que ele tivesse penas no corpo.

O formato das patas dianteiras, com garras afiadas nas pontas, é um sinal de que o ele provavelmente era bom de briga.

A área do "riacho do inferno", que se espalha entre os Estados da Dakota do Sul e da Dakota do Norte, é conhecida por ter também fósseis de dinossauros mais "famosos", como o Tiranossauro rex e o tricerátopo.

Os fósseis usados para descrever a nova espécie foram encontrados ao longo de anos de pesquisa na região.

Na última década, os pesquisadores encontraram partes de três esqueletos desses dinossauros, mas até agora não se sabia que se tratava de uma nova espécie.

Juntos, os três exemplares permitem reconstruir com grande nível de detalhamento praticamente todo o esqueleto da espécie, que foi batizada de Anzu wyliei.

"Nós brincávamos chamando essa coisa de galinha do inferno', o que eu acho que é muito apropriado. Então, nós a batizamos em homenagem a Anzu, um demônio em forma de pássaro da mitologia antiga", disse em comunicado Matthew Lamanna, do Museu de História Natural Carnegie em Pittsburgh, autor principal do trabalho, publicado na revista "Plos One".

Uma réplica articulada do Anzu já está disponível para a visitação no Muse de História Natural Carnegie.


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