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Plantão Médico
JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com
A atenção à saúde em São Paulo
Apesar de ainda insuficientes, avanços na oferta de serviços de saúde na periferia de São Paulo têm sido observados e foram tema de palestra no Fórum de Saúde de Genebra, ocorrido na semana passada, na Suíça.
Vera Schattan P. Coelho, do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), com a colaboração de Marcelo F.Dias e Felipe Szabzon, mostrou como progressivamente vêm sendo reduzidas desigualdades na atenção à saúde em áreas da cidade.
Em 2000, eleita Marta Suplicy (PT), com as UBS (Unidades Básicas de Saúde) teve início a descentralização do atendimento médico, privilegiando consultas na periferia e atuando como porta de entrada para o SUS (Serviço Único de Saúde).
Em 2004, com José Serra (PSDB), surge a AMA (Unidade de Assistência Médica Ambulatorial), com serviços complementares em relação às UBS e atendendo e encaminhando emergências para hospitais de retaguarda.
Em 2008, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) introduz as parcerias público-privadas com construções na periferia que dobram o número de leitos hospitalares na capital.
Vera Coelho conclui que cada prefeito introduziu uma inovação claramente distinguida da administração anterior. Mas essas diferentes políticas de saúde acabaram atuando juntas e se complementando, resultando em benefício dos grupos sociais que vivem em áreas com os piores índices socioeconômicos do nosso meio.