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Anticorpos em bebês podem levar a vacina contra a malária

Proteção natural de grupo de crianças da Tanzânia impede a forma grave da doença

RICARDO BONALUME NETO DE SÃO PAULO

O sangue de bebês tanzanianos infectados pelo parasita da malária deu uma pista para produzir aquela que pode ser uma vacina eficaz contra uma doença que mata perto de um milhão de crianças no mundo por ano em países subdesenvolvidos.

A doença costuma ser fatal para crianças pequenas, mas existem as que demonstraram ter resistência à infecção. Logo, tentar entender o motivo dessa proteção natural pode indicar um caminho para desenvolver uma vacina --ainda inexistente-- contra a mais temida doença tropical.

Quando um agente causador de doença invade o organismo, o sistema de defesa do corpo tenta identificar e destruir a ameaça. O parasita invasor tem "antígenos", uma espécie de fechadura; o corpo tenta produzir "anticorpos", as chaves.

Os bebês tanzanianos tinham anticorpos --as "chaves"-- para uma porta importante do parasita da malária, um ser de apenas uma célula chamado "plasmódio", mas com grande capacidade de iludir o sistema de defesa.

O parasita costuma invadir os glóbulos vermelhos e, em alguns casos, ele se transforma dentro da célula e a faz "explodir", lançando mais parasitas no sangue.

O anticorpo achado nos bebês tanzanianos impede essa explosão e o parasita fica dentro da célula sanguínea.

Foram feitos testes em seres humanos e em animais de laboratório. Os resultados foram os mesmos: o antígeno ("fechadura") PfSEA-1 foi bloqueado pelos anticorpos presentes nas crianças. O estudo foi publicado na revista científica "Science".


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