Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Tec

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cara e limitada, rede 4G tende a desafogar tráfego de dados do 3G

Até 30 de abril, seis cidades-sede da Copa das Confederações devem ter planos à disposição

Diferença na frequência pode fazer com que smartphones comprados lá fora não funcionem no Brasil

MARINA LANG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Planos salgados, telefones mais caros e serviço para poucos? Sim. Apesar disso, a primeira benesse do surgimento do 4G no Brasil vai ser o desafogamento do tráfego e a consequente melhoria da rede que usamos hoje para voz e dados, a rede 3G.

Mais: quem perde o sono por causa dos preços pode começar a repensar essa relação. A tendência é direcionada a uma redução no consumo de dados, acredita Ricardo Tavares, diretor de relações governamentais e industriais da Ericsson Brasil.

Isso porque as cobranças tendem a ocorrer sobre o volume de dados usados (vídeos, por exemplo, consomem mais bits do que uma checagem do e-mail).

"A unidade de preço é consumo de bits", diz Tavares. "Nos Estados Unidos, comprei um cartão pré-pago 4G de 10 Mbps. Meu filho viu dois vídeos no YouTube e gastou praticamente tudo", exemplifica. "A tendência é que as pessoas consumam dados com mais consciência porque a métrica da venda é uma tendência no mercado LTE [a rede 4G que é usada nos EUA e no Brasil]", afirma.

O 3G também será beneficiado à medida que os usuários migrarem para o 4G.

"Serão os primeiros clientes, normalmente de maior poder aquisitivo, que começarão a usar a nova tecnologia. Isto faz supor uma previsível liberação da demanda sobre as redes 3G", diz Eduardo Arbesú, diretor de consultoria de negócios da consultoria Everis.

Ele, no entanto, faz uma ressalva. "Como em toda migração tecnológica, tal como ocorreu com o 3G, os planos terão uma tarifa alta, que começará a baixar progressivamente, à medida em que a base de clientes crescer."

BRASIL X EUA E EUROPA

Os usuários sedentos para testar logo a nova rede devem se conter e esperar pelos aparelhos vendidos no Brasil, uma vez que as frequências de 4G adotadas nos Estados Unidos e em países da Europa são diferentes da brasileira --ao menos por enquanto.

Aparelhos comercializados no exterior geralmente funcionam em frequências que não a de 2,5 GHz, que é a do Brasil --ou seja, smartphones comprados no exterior podem não funcionar no 4G brasileiro. Todos eles, contudo, acessam a rede 3G.

Segundo o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, a expectativa é que 4 milhões de aparelhos 4G estejam em funcionamento até o final deste ano.

O país possui, de acordo com a agência, aproximadamente 260 milhões de linhas ativas, sendo que cerca de 80% usam tecnologia 3G.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página