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Doce Víci

Game "Candy Crush" tem mais de 50 milhões de usuários e já é um dos três aplicativos mais rentáveis de toda a App Store

ANDERSON N. LEONARDO DE SÃO PAULO

É provável que você já tenha ouvido falar ou recebido algum convite do "Candy Crush Saga", um dos games mais populares dos últimos tempos. Neste mês, até o novo clipe do coreano Psy, astro de "Gangnam Style", mostrou o jogo.

Com mais de 300 fases e um visual que pode lembrar a casa de doces de "João e Maria", ele figura no top 10 de apps mais baixados no Facebook e nas lojas de aplicativos da Apple e do Google.

Lançado pela produtora de jogos sociais King em 2011, o game se tornou mania mundial quando foi adaptado para a rede social de Mark Zuckerberg e ganhou versões em aplicativos para iOS e Android, um ano depois.

Em pouco tempo, o app tomou a posição de "FarmVille 2" como o mais popular do Facebook e empurrou sua produtora para a segunda colocação no ranking de desenvolvedores, atrás da Zynga.

Hoje, são cerca de 50 milhões de usuários ativos mensais em todas as plataformas, segundo informa a King.

"Candy Crush Saga" segue a mecânica de trincas: é preciso combinar pelo menos três doces, na horizontal ou na vertical, para marcar pontos. Ao reunir quatro deles ou mais, guloseimas especiais surgem para auxiliar no desenrolar das fases.

Mas o app é mais que uma versão açucarada do clássico "Bejeweled": existem objetivos que vão além da conquista do maior placar, como limpar camadas de gelatina ou levar ingredientes até a borda inferior do tabuleiro.

Outra boa sacada é a sincronização entre as diferentes plataformas em que o jogo está disponível. Você pode começar a jogar no ônibus ou no metrô, a caminho de casa, e continuar de onde parou em seu computador pessoal.

E o game não ganhou apenas a simpatia dos adultos. A professora Tanyrá Marconato, 33, que conta estar na fase 135, diz que o quebra-cabeças faz parte até do universo de seus alunos de 9 e dez anos. "Jogo sempre que tenho um tempo livre, antes de dormir. Mas não sei por que gosto tanto. Realmente vicia."

Às vezes, porém, nem a dedicação ou a mistura de sorte e habilidade ajudam no cumprimento das missões. É aí que a King começa a lucrar.

Sempre que fracassa, o jogador perde uma vida. Quando gasta as cinco que possui, ele deve esperar um tempo, pedir vidas aos amigos no Facebook ou pagar US$ 0,99 para recuperá-las --e o gasto "além dos limites" é relatado por muitos dos jogadores.

Letícia Pigatto, 24, também professora, admite que já gastou R$ 80 em vidas, itens de auxílio e passagens para novos episódios.

"A vontade de passar de fase era muito tentadora", explica ela. "Às vezes faltava tão pouco que algumas rodadas ou itens a mais resolviam."

Os desembolsos de Pigatto somados aos de milhões de outros jogadores que também não conseguiram conter tal desejo faz do "Candy Crush" o segundo aplicativo mais rentável de toda a App Store, segundo divulgado pela própria loja virtual da Apple.


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