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Especial Smartphones

Bateria é obstáculo para a evolução dos smartphones

Novidade promete triplicar autonomia; usuários devem conviver com tecnologia atual por pelo menos três anos, diz especialista

LEONARDO LUÍS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Baterias de smartphones raramente aguentam mais do que um dia de uso, e isso dificilmente vai mudar em breve. Para a indústria de celulares, o desafio agora é outro: manter esse nível de duração das baterias sem limitar a evolução em outros aspectos.

Hoje em dia, quase todos os smartphones funcionam com baterias de íons de lítio em estruturas de grafite. Os fabricantes praticamente já atingiram o limite da quantidade de carga elétrica que uma bateria do tipo pode proporcionar por ciclo, segundo Malik Saadi, analista da Informa Telecoms & Media.

"Não ocorre nada de revolucionário em termos de bateria. Não há inovação. A indústria está limitada pela falta de novos materiais", diz Saadi.

Um fator determinante para a duração da bateria é a eficiência dos outros componentes do aparelho em economizar energia. Nesse sentido, a evolução ocorreu.

"Muito foi feito em termos de reduzir a energia que componentes como processadores e telas necessitam, apesar de a performance ter continuado aumentando."

Segundo Saadi, a indústria vive um momento chave com relação às baterias. "Com o 4G, haverá maior demanda de conteúdo e maior consumo de dados. A capacidade da bateria vai ter que aumentar."

Uma velha promessa de tecnologia para revolucionar a indústria é a célula de combustível. Para Saadi, ainda que fosse apresentada uma forma viável de aplicar essa tecnologia a smartphones, a novidade teria pela frente um longo caminho de desenvolvimento e regularização.

"Para ser honesto, acho que nós vamos ter que continuar convivendo com as baterias de íons de lítio ao menos pelos próximos três, quatro anos."

O grafite, material que armazena os íons de lítio na grande maioria das baterias de smartphones, tem um limite de armazenamento de lítio que já foi praticamente atingido nas atuais baterias.

Uma alternativa, então, seria substituí-lo por outro material. Há vários projetos em andamento com esse objetivo, envolvendo especialmente o silicone, material com grande capacidade elétrica.

Nos EUA, a empresa California Lithium Battery está desenvolvendo um ânodo para baterias de íons de lítio com silicone e grafeno.

Phil Roberts, executivo-chefe da empresa, diz que a novidade poderá, "em teoria", aumentar em três vezes a capacidade de uma bateria. "Dentro de um ou dois anos a bateria deve chegar ao mercado, e ela será aprimorada a cada ano ao longo dos próximos cinco anos."

Roberts diz que quase todos os maiores fabricantes de smartphones já o procuraram. Um trunfo da empresa é que o novo material poderia substituir diretamente o atual. "Ele não requer nenhuma mudança no processo de produção da bateria. Os fabricantes teriam simplesmente que trocar o grafite por nosso composto."


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