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Tamanho é documento Tecnologia 4K

Altíssima resolução ainda não vale a pena

Destaques nas grandes feiras de tecnologia, as TVs com resolução Ultra HD (ou 4K) já estão à venda no país

No Brasil, é cedo para abrir a carteira por uma delas; o modelo mais barato, o de 55 polegadas da Sony, custa R$ 13 mil

BRUNO ROMANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A resolução 4K recebe esse nome por tratar-se de um arredondamento do número de pixels do painel: 3.840 pixels x 2.160 pixels. É como se quatro TVs Full HD, que têm resolução de 1.920 pixels x 1.080 pixels, formassem juntas um único aparelho.

O maior benefício propalado pelos fabricantes é que as imagens ficam mais definidas e ganham riqueza de detalhes. O preço disso, porém, ainda é alto. Bem alto.

O modelo mais barato disponível no Brasil, o de 55 polegadas da Sony, sai por R$ 13 mil. E os valores podem chegar a R$ 100 mil (tela de 85 polegadas da Samsung).

Antes de fazer um investimento do tipo, vale sempre lembrar os preços de novas tecnologias tendem a cair com o tempo. E que os primeiros da fila sempre pagam mais. Segundo a Consumer Electronics Association, apenas 450 mil unidades serão vendidas em todo o mundo no ano que vem.

Mas se você acha que não pode viver sem um aparelho do tipo agora, deve saber que, hoje, não há conteúdo que utiliza todo o potencial do painel, e o investimento pode ficar subutilizado.

Os discos de Blu-ray reproduzem filmes apenas em Full HD. E a BDA, entidade que trabalha os padrões do Blu-ray, ainda não anunciou quais serão as especificações para o suporte ao 4K.

Alguns estúdios, como a Sony, estão lançando filmes em Ultra HD que foram adaptados. Além do catálogo limitado, isso não é o 4K verdadeiro, pois os filmes precisam ser masterizados e armazenados com a tecnologia.

Algumas TVs, como as da LG, também tentam minimizar o problema com um recurso que adapta conteúdo (chamado de "upscaling"), mas granulações na imagem ficam evidentes.

Outra esperança para o 4K seriam os serviços de streaming oferecerem filmes e séries no formato. O Netflix promete a transmissão até o final do ano nos EUA. Os usuários precisarão ter uma conexão de, pelo menos, 15 Mbps.

No último relatório da Akamai, empresa especializada em tráfego de internet, a conexão média do brasileiro foi de 2,3 Mbps, aparecendo em 73º no ranking mundial.

Para ver a programação de canais de TV, outro problema: as operadoras só oferecem pacotes HD (720p).

Por fim, sobram os videogames: o 4K estará presente apenas na próxima geração (PS4 e Xbox One), mas a Sony e a Microsoft não deram detalhes de como isso acontecerá. Em fevereiro, a Sony declarou que, no ínicio, o PS4 não deverá ter suporte a games em 4K, o que pode mudar no futuro.


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