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Fabricação própria

Espaços em SP que oferecem impressoras 3D e outras máquinas dão fôlego ao movimento 'faça você mesmo'

BRUNO FÁVERO DE SÃO PAULO

Impressoras 3D são frequentemente tratadas como a próxima grande revolução do consumo, mas são apenas uma parte pequena do "movimento maker", iniciativa que estimula pessoas a fazerem seus próprios eletrônicos, móveis e objetos.

Com origem na década de 60, o movimento ganhou novo fôlego nos últimos anos com o barateamento das máquinas de fabricação digital, equipamentos controlados por computador que cortam e esculpem vários materiais.

Com elas, qualquer pessoa pode materializar rapidamente --e com custo relativamente baixo-- projetos desenhados no computador, de uma capinha de celular a móveis e eletrônicos. E tudo isso sem depender da indústria.

Tais equipamentos ainda são caros, mas iniciativas no mundo e no Brasil tentam democratizar o acesso a elas.

A mais recente é o Garagem FabLab, uma espécie de oficina com máquinas de corte a laser, fresadoras de madeira e impressoras 3D que foi aberta no centro de São Paulo há cerca de cinco meses.

Paralelamente às suas atividades comerciais, o Garagem tem projetos para ensinar qualquer interessado a mexer no maquinário e nos software de desenho 3D.

Hoje, estão em curso um projeto para construir uma bicicleta e outro para montar uma cortadora a laser.

O conceito de FabLab (abreviação em inglês para laboratório de fabricação) nasceu no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), em 2001, e espalhou cerca de 200 laboratórios do tipo pelo mundo. A ideia é massificar o uso da fabricação digital e estimular a inovação mesmo por quem não tem conhecimento técnico.

"Vai acontecer com produtos físicos o mesmo que acontece com start-ups de software, que ditam o futuro hoje", diz o professor brasileiro em Stanford Paulo Blikstein, criador de um projeto para levar FabLabs a escolas.

A única contrapartida de quem usa os laboratórios é que os projetos realizados neles têm que ser disponibilizados de graça na internet.

"Mais importante do que as máquinas, é a comunidade que se forma em torno do FabLab", diz Eduardo Lopes, um dos sócios do Garagem.

Há ainda um outro FabLab, pioneiro no Brasil, instalado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

Os alunos da faculdade têm prioridade no uso, mas o FabLab fica aberto para visitantes às quartas-feiras.

Paralelamente aos laboratórios, multiplicam-se também os "hackerspaces". Com infraestrutura mais modesta, são espaços comunitários gratuitos para interessados em tecnologia trocarem ideias e realizarem projetos.

O Garoa, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, foi o primeiro do Brasil. No resto do país, há pelo menos outros 11 locais do tipo.


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