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Análise
Jogo casual para celular mudou rumo do mercado de games
GUILHERME CAMARGO ESPECIAL PARA A FOLHAAté recentemente o sucesso de um jogo tinha relação direta com as cifras investidas em desenvolvimento.
Isso tudo para atender à expectativa de consumidores exigentes, predominantemente masculinos. Esse mesmo público torceu o nariz quando viu jogos de dança e fitness nos consoles.
E, justamente nesse contexto, surgiu uma oportunidade matadora: a de introduzir a cultura dos games para um público quase inexistente, o feminino e o casual.
Fenômenos como "Angry Birds" e "Candy Crush" mudaram o rumo e trouxeram mais uma forma de entretenimento para os celulares. E quando parecia que essa onda de sucessos estava em baixa, apareceu o "Flappy Bird".
Mas qual seria a fórmula do sucesso desse jogo simples, com gráficos do tipo anos 80 e com pouquíssimo requinte e inovação?
Mesmo gratuito, o game conseguiu arrecadar uma pequena fortuna por meio de banners de publicidade. E diferente dos fenômenos anteriores, que têm uma maior preocupação estética e investem em microtransações dentro do aplicativo (para conseguir uma vida ou algum poder, você paga), o "Flappy Bird" viralizou e rentabilizou sem nada disso.
O "Flappy Bird" já entra para a história depois de ter criado um mercado paralelo logo após a sua retirada repentina das lojas digitais, até mesmo talvez antes de atingir o seu apogeu comercial. Esse "buzz" também gerou cifras milionárias em torno de um produto que era gratuito poucos dias atrás.
Infelizmente (ou felizmente?) não há uma formula mágica para descobrir qual será o próximo Messi dos games.
O que existe são ciclos de categorias que surgem, como já aconteceu com as fazendinhas, zumbis, puzzles etc. É difícil prever a próxima onda.
Sorte também é um fator importante, mas a história mostra que para ser bem sucedido é preciso planejamento e resiliência, atributos para poucos desenvolvedores independentes.
