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X da questão

Família Nokia X, apresentada em feira em Barcelona, surge como potencial salvadora da empresa finlandesa

BRUNO ROMANI ENVIADO ESPECIAL A BARCELONA

Em um evento com dezenas de lançamentos para diferentes perfis de consumidor, quem chamou a atenção foi um aparelhinho básico.

No Mobile World Congress, mais importante evento de telefonia do mundo, em Barcelona, a família Nokia X roubou a cena, ofuscando até o novo Galaxy S5, da Samsung.

Os três dispositivos (Nokia X, Nokia X+ e Nokia XL) não entrarão para a história por suas inovações tecnológicas, mas sim pelo o que representam para a empresa e pelo seu potencial de alterar um mercado que parece cimentado.

Além disso, o X é o primeiro aparelho da gigante finlandesa com Android como sistema operacional.

Em 2011, Stephen Elop, então executivo-chefe da Nokia, mandou uma mensagem aos funcionários: "Estamos em uma plataforma em chamas", disse, em referência ao combalido Symbian. Assim, a Nokia optou pelo Windows Phone como sistema operacional.

Três anos depois, o Windows Phone dá sinais de que ainda não está livre de incêndios. O sistema fechou 2013 com 3,6% do mercado --ainda que Nokia e Microsoft repitam que é a plataforma que mais cresce. No mesmo período, diz a consultoria Strategy Analytics, o Android abocanhou 78,9% do mercado.

Essa dominância também é refletida na posição da Nokia no mercado, que não aparece nem entre os cinco primeiros fabricantes de smartphones do mundo, segundo a consultoria IDC.

Em 2013, a LG, quinta colocada, tinha 3,9% do mercado. A Samsung, primeira, aparece com 31,1%. As rivais coreanas adotam o Android em seus aparelhos.

E boa parte da briga acontece nos segmentos mais baratos, em que o Android reina quase sozinho. Com a família X, Nokia e Microsoft tentam estancar a sangria.

O APARELHO

Para isso, o Nokia X traz uma versão personalizada do Android. A interface de azulejinhos foi tirada de uma costela do Windows Phone, e os serviços do Google foram substituídos pelos da Nokia e da Microsoft. Porém, o acesso ao grande catálogo de apps do Android foi mantido. É um casamento de bela interface com muitos aplicativos.

Embora tenha limitações claras no hardware (sim, ele é meio lento ao executar tarefas), o preço pode ser o catalisador que falta para que obtenha boas vendas. No Brasil, deve chegar na faixa entre R$ 300 e R$ 400.

Mas o sucesso do X pode ser uma bênção e uma maldição para Microsoft, que pagou US$ 7,2 bilhões há seis meses pela Nokia. Se, por um lado, a empresa pode ganhar território em um segmento que não tem presença, por outro pode sentir a pressão para que abandone o Windows Phone e adote completamente a versão do Android nos aparelhos da Nokia.


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