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'Relógio pode ser tão útil quanto celular'

Executivo da Motorola que lidera projeto de "smartwatch" diz que pulso é o melhor lugar para dispositivo vestível

Aparelho da marca, que usa o sistema Android Wear, é o primeiro a ter formato circular; preço também será 'premium'

YURI GONZAGA DE SÃO PAULO

O lançamento do sistema para dispositivos vestíveis do Google, o Android Wear, e do relógio Moto 360 é o primeiro capítulo de uma possível transição da cultura do smartphone para a cultura do "smartwatch", diz Lior Ron, executivo da Motorola que lidera o projeto do aparelho.

"Há lugar [no mercado] para óculos, há lugar para aparelhos de bolso [celular]. Mas vejo que o relógio pode ser o melhor formato [de computadores portáteis]", disse Ron em entrevista à Folha na quarta-feira passada.

"Sabemos que um dono de smartphone típico checa o aparelho centenas vezes por dia, o que muitas vezes demanda tirá-lo do bolso, fazer o desbloqueio, limpar notificações, interagir com alguma. Com um relógio inteligente, isso fica a uma olhadela de distância", diz.

Comandos de voz para responder mensagens e fazer pesquisas serão uma capacidade do Moto 360 quando for lançado (durante o inverno, entre junho e setembro), garante Ron, assim como potencialmente em qualquer aparelho com o Android Wear.

Antes da Motorola, Ron trabalhou no Google, no Yahoo! e na inteligência do Exército de Israel, país onde nasceu.

LUXO

A Motorola não permitiu a operação do protótipo atado ao pulso do executivo durante a entrevista, mas pode-se dizer que o aparelho --o primeiro "smartwach" redondo-- é de fato mais atraente que o Sony SmartWatch ou o Samsung Gear, por exemplo.

"Não queríamos criar um relógio inteligente, mas sim um relógio. Algo que vejo que poderá atrair quem já usa relógio ou quem desejar suas funcionalidades", diz.

Por usar materiais como couro legítimo e aço inoxidável, o aparelho também terá um preço "premium".

"Fizemos o possível para que parecesse ter sido feito por uma empresa de relógios. Não queríamos fazer concessões em qualquer frente; o princípio básico de um vestível é você querer vesti-lo."

Ron afirma que a vida de bateria será prioridade. "Os relógios que já estão aí demandam que o usuário recarregue-o todo dia. Acho que isso é uma falha", diz.

O executivo deu a entender que haverá acionamento por gestos, como girar o pulso para checar a hora, e "talvez" opção de recarga sem fios.

Uma versão mais barata do dispositivo, num lançamento posterior, também é uma das possibilidades em vista.

ENTRE GIGANTES

Neste ano, o Google vendeu a Motorola, empresa que havia adquirido em 2012, à fabricante chinesa Lenovo.

Isso, segundo o executivo, não impediu uma profunda parceria entre as empresas no desenvolvimento do Moto 360 e no do Android Wear, anunciados há pouco menos de duas semanas junto com um relógio da LG. Asus, HTC e Samsung também disseram que terão seus exemplares.

"O Google sabe cativar desenvolvedores. E a mágica estará nos apps que teremos."


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