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Empresas devem retribuir a sociedade, diz executiva

Jacqueline Fuller, do Google, dirige plano de incentivo a projetos sociais

Na quinta-feira, dez ONGs brasileiras concorrerão a quatro bolsas de US$ 1 milhão para se desenvolverem

YURI GONZAGA DE SÃO PAULO

Empresas tecnológicas, como o Google, têm a obrigação de promover o desenvolvimento da sociedade como um todo, afirma a diretora do braço filantrópico da gigante de internet, Jacqueline Fuller.

"Sem dúvida, companhias grandes têm a obrigação de retribuir' [prosperidade] à sociedade", diz. "Todos nós, como seres humanos, queremos ver que nosso trabalho pode ser significante nesse sentido --isso é levado a sério pelo Google."

A executiva falou por videoconferência à Folha na semana passada. Na quinta, ela estará no Brasil para julgar e anunciar as quatro organizações vencedoras do concurso Desafio de Impacto Social. Cada uma receberá R$ 1 milhão para desenvolver projetos filantrópicos.

Fuller diz "não ser por acaso" a escolha do Brasil como o terceiro país a receber o concurso (depois de Índia e Reino Unido, no ano passado). "Vemos nos brasileiros que fazem parte do nosso corpo diretor uma enorme habilidade de se adaptar e de fazer muito com um orçamento realmente baixo", afirma.

"Claro que há outras sociedades com muitos desafios, mas no Brasil há tanto os problemas como uma tecnologia emergente, uma cultura de empreendedorismo que usa os recursos de maneira racional e criativa."

Para ela, o Brasil está na "linha de frente" ao "equilibrar interesses de populações indígenas e de preservação ambiental" com desenvolvimento econômico.

PROJETOS

Durante o evento na quinta, os dez finalistas farão uma apresentação do projeto para um júri composto por Fuller, pelo presidente da Coteminas Josué Gomes da Silva, pelo apresentador Luciano Huck, pelo rapper MV Bill e por Viviane Senna, irmã de Ayrton Senna e diretora do instituto de mesmo nome.

Três dos vencedores serão escolhidos pelos jurados. O outro será definido por meio de votação on-line (em desa fiosocial.withgoogle.com).

O Google acompanha o desenrolar do projeto "com metas, para garantir que o dinheiro seja corretamente aplicado". Mais do que financiar os projetos, diz ela, a ideia é fazer germinar uma "cultura de filantropia".

Fuller, que chefia há sete anos a divisão "social" da empresa --chamada Google.org e com orçamento anual de US$ 100 milhões--, foi responsável por oito anos pelos projetos filantrópicos de Bill Gates, período durante o qual diz ter aprendido um pouco da função que exerce hoje.

"Acho que a Bill & Melinda Gates Foundation [como se chama a organização do fundador da Microsoft] ajudou a elevar o patamar da caridade; fez com que pessoas de um alto nível social a levar a filantropia tão a sério quanto os negócios", diz.


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