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"Posto fotos da minha filha, mas com critérios"

DEISE DE OLIVEIRA EDITORA-ADJUNTA DE IMÓVEIS

Entrei no Facebook em outubro de 2010, cinco meses após o nascimento da minha filha, Lucia.

Com o título de "Meio ano se passou..." fiz um resgate da evolução da pequena e dei início a uma série de fotos dela.

E por um longo período (tão longo quanto pode ser o "desmame" da mãe do seu filho), muitas vezes me peguei, na redação, sorrindo para a tela do PC.

Nesses quatro anos, foram centenas de imagens da Lucia.

Em respeito ao pai, discreto e com capacidade para decidir sobre suas próprias aparições, ele mesmo, raramente, aparece na minha linha do tempo. Lucia paga por sua "incapacidade" de intervir sobre as decisões da mãe.

Mas procuro fazer isso com critérios. Cuido, por exemplo, para não identificar situações e lugares da sua rotina, como a escola. Mais do que registrar sua programação, a ideia é compartilhar sua evolução e experiências de criança.

E a emoção é tanta, que reconheço o risco de ultrapassar os limites.

Quando amigos postam fotos dos filhos peladinhos, com as pernocas gordinhas de fora, alerto sobre a falta de controle do uso das imagens que caem na rede.

Também questiono os riscos do "face-ostentação" e do papel das redes como canal de autoafirmação e autoconvencimento de felicidade, inclusive no desempenho da função de pai e mãe. Há profissionais que cuidam disso, em privado, em um divã.

Entendo quem recorra ao aplicativo que limpa crianças da "timeline". Nós, pais, extrapolamos e perdemos o senso crítico quanto às proezas dos nossos filhos.

E entendo as amigas que optam por não mostrar suas crias --mas não me venham com detalhe de mãozinha e joelhinho. Dá pra "mostrar mais", sem mostrar demais.


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