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Queridinha em 2010, TV 3D quase some

Na última Copa, 25 jogos foram ao ar com a tecnologia; em 2014, Messi só aparecerá em três dimensões no estádio

Emissoras têm pouco motivo para transmitir no formato; fabricantes dizem que modelos são bons para ver filmes

BRUNO ROMANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O 3D é como o meia Paulo Henrique Ganso: surgiu como grande promessa em 2010, mas, quatro anos depois, sequer foi cogitado para atuar na Copa do Mundo no Brasil, a partir de junho.

Na Copa da África do Sul, a indústria de TVs apostava no recurso tridimensional como um dos principais atrativos para vender aparelhos. Esperava-se que a tecnologia chegasse bem difundida ao torneio disputado no Brasil.

Mas isso não chegou nem perto de acontecer. A Fifa, que lançou o filme oficial do mundial de 2010 em três dimensões, não terá neste ano transmissão ou captação de imagens com a tecnologia. Na África do Sul, 25 das 64 partidas do torneio tiveram imagens captadas em 3D.

No intervalo entre mundiais, a tecnologia sofreu abalos importantes. No ano passado, a rede de TV americana ESPN cancelou o canal dedicado ao 3D por conta da baixa adesão dos assinantes.

A Olimpíada de Londres em 2012 foi o último grande evento esportivo do 3D --até no Brasil houve transmissão. Neste ano, nenhum canal brasileiro, nem mesmo da TV a cabo, fará experiências com a tecnologia tridimensional.

"O 3D não trouxe benefício real para o consumidor", afirma Cláudio Nadanovsky, especialista em marketing de produto da Panasonic. "E o conteúdo desse tipo é muito caro para produzir", explica William Peter Lima, gerente sênior da categoria TVs da Samsung Brasil.

SEM CONTEÚDO

Com poucos incentivos e quase nenhum espectador, a indústria de conteúdo desistiu de investir na tecnologia. Os fabricantes, porém, também assumem sua parcela de culpa no cartório. O maior pecado deles são os óculos.

"O consumidor tem que usar os óculos, e alguns deles se sentem incomodados", afirma Lima, da Samsung.

Mesmo assim --e por incrível que pareça--, as TVs 3D não deixaram de existir. A tecnologia aparece em boa parte do portfólio dos fabricantes, mas as empresas veem isso como apenas mais um recurso disponível.

"O 3D não deu errado", ameniza André Romanon, gerente sênior de TV da Philips. "É apenas uma tecnologia que você usa em momentos específicos." Já Rogério Molina, gerente de televisores da LG Electronics do Brasil, não doura a pílula. "Vamos ser francos: o 3D é para ver filmes."


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