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Principal serviço de registros anônimos se expande no país

Plano da empresa para crescer inclui comerciais na TV; anonimato é questionado, mas possui amparo das leis

Outras companhias oferecem o mecanismo no Brasil, e militantes o utilizam em páginas favoráveis a políticos

DE SÃO PAULO

O GoDaddy, principal empresa que oferece registro de domínios de forma anônima no mundo, procura se expandir no Brasil desde janeiro deste ano, quando passou a ter atendimento local e a aceitar pagamentos em real.

O plano de crescimento da companhia no país também inclui uma propaganda feita para o mercado brasileiro, veiculada em canais abertos, como a Record, e de TV paga, no SporTV, na GloboNews e no Megapix (assista ao vídeo em bit.ly/comercialgodaddy).

Segundo a companhia, 57 milhões de domínios estão registrados sob seu cuidado, divididos entre 12 milhões de clientes em todo o mundo.

Questionado pela Folha sobre a quantidade de sites registrados por seus serviços cujos donos são brasileiros, o GoDaddy disse que não informa quantidades regionais.

Entretanto, a movimentação da empresa dá a entender que os números são bons. "Em 2014, o foco tem sido a América Latina", afirma Rafael Fernandez-MacGregor, vice-presidente do GoDaddy responsável pela região.

Além do Brasil, o serviço também está disponível em outros seis países da área: Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela.

Apesar de a empresa ser a maior que oferece o serviço, há concorrentes que também atuam no Brasil, como Domain People (do Canadá), OVH (de Portugal), Enom e King Host (ambos dos EUA).

QUESTÃO LEGAL

A legalidade do anonimato dos clientes é questionada. Caso um site registrado de forma anônima pelo GoDaddy publique ofensas contra alguma pessoa, só será possível descobrir o dono do domínio por meio de ordem judicial, o que dificulta o procedimento. Em serviços de registro comuns, basta realizar uma busca simples para chegar à informação.

Mesmo quando o Marco Civil da Internet entrar em vigor, o que acontecerá no dia 23 deste mês, a situação não se alterará em nada. Em ano eleitoral, a brecha é utilizada por partidos e militantes.

Conforme a Folha revelou na última quarta (28), um site criado por simpatizantes petistas para criticar partidos de oposição (mudamais.com) utiliza os serviços do GoDaddy, o que impossibilita saber a identidade real dos autores.

Há outros exemplos de sites relacionados às eleições deste ano que foram registrados de maneira anônima.

Os casos incluem o domínio lula2014.org, que está sob o guarda-chuva do GoDaddy, e os endereços joaquimbar bosa2014.com --que pede a candidatura do presidente do STF Joaquim Barbosa-- e ser ra2014.com, a favor do tucano José Serra, ex-governador paulista.


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