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HQ no tablet teve o sabor de descoberta daquela tarde de 1987

MARCELO SOARES DE SÃO PAULO

Meus colegas desistiram de me convidar para almoçar nas quartas-feiras. No começo, perguntavam por que eu não iria. Eu respondia que almoçaria com o Batman. Na verdade, com o garfo numa mão e o tablet na outra, me atualizando nos gibis que acompanho desde a infância.

Há três anos, me acostumei a abrir o aplicativo Comixology toda quarta, por volta das 11h. Estão lá todos os lançamentos daquela semana, adaptados para o tablet, no mesmo dia em que saem nos EUA. A maioria dessas revistas só deve chegar às bancas brasileiras daqui a um ano.

Acostumado a ler quadrinhos em papel, queria comparar com o que já conhecia. A primeira compra foi uma história que li dezenas de vezes: o primeiro "O Cavaleiro das Trevas", do Frank Miller.

Com a "vista guiada", que mostra um quadrinho por vez, a edição teve o mesmo sabor de descoberta daquela tarde chuvosa de 1987, quando minha mãe precisou me levar ao trabalho e comprou um gibi para me distrair.

Desde então, toda semana gasto alguns dólares em novos gibis digitais. Até agora, foram 120. Descobri até alguns títulos que, de outra maneira, dificilmente leria.

Ainda compro gibis na banca, mas muito menos. Doei a maior parte dos que guardava a uma biblioteca. Minha próxima mudança certamente terá menos caixas.


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