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Messenger é a lei

Facebook torna, aos poucos, obrigatório o uso de app de mensagens para quem quiser usar o chat do serviço em celulares; termos de uso causam polêmicas sobre segurança

ANDERSON LEONARDO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma estrela de cinco. Esta é a nota média da mais recente atualização do aplicativo de mensagens independente do Facebook na loja de aplicativos da Apple.

O Facebook Messenger existe desde agosto de 2011. Mas, há duas semanas, a rede social de Mark Zuckerberg passou a torná-lo a única maneira de se comunicar com usuários do site por smartphones. Além disso, seus termos de funcionamento têm preocupado alguns usuários.

"Odiei esse app e estou instalando porque sou obrigada", comenta a usuária Scoobyloco em sua avaliação, a mais baixa possível, na App Store.

Segundo a rede social, dentro de "algumas semanas", todos os usuários serão obrigados a usar o app separado.

A mudança já começou para algumas pessoas. A usuária Camila Yamauchi, 19, não mantém o Messenger em seu celular por preocupação com privacidade. Ela conta que ficou receosa por causa das autorizações necessárias para o funcionamento do aplicativo.

O Messenger pede, ao ser instalado, acesso a uma quantidade considerável de recursos do aparelho e informações pessoais: câmera, microfone, localização, lista de contatos, biblioteca de mídia, registro de chamadas, contas vinculadas, entre outros.

A lista tem causado polêmica e apreensão entre uma parcela de usuários do Facebook. Os termos têm sido descritos como "insidiosos", "invasivos" e "assustadores" por alguns deles, que, motivados pela desconfiança, afirmam ter removido o app do celular ou se negam a baixá-lo.

Tais permissões requeridas, no entanto, não são exclusivas do Messenger.

O similar serviço de mensagens instantâneas WhatsApp (que também pertence ao Facebook) pede, a seus mais de 500 milhões de usuários, acesso a praticamente às mesmas informações e recursos. O mesmo acontece com concorrentes como Line, ICQ e WeChat. A diferença é que o Facebook já possui mais de dois bilhões de usuários, aproximadamente 30% da população mundial.

Quem está descontente com o mensageiro da maior rede social do mundo pode baixar concorrentes cujo foco está na segurança e na criptografia das mensagens (veja algumas sugestões abaixo). Outra sugestão é usar o chat do Facebook apenas em navegadores ou no iPad.

OUTRO LADO

O Facebook informa que as permissões são padronizadas e que o texto é o mesmo em praticamente todos os aplicativos de mensagens.

A companhia afirmou à Folha que a redação dos termos da loja de programas para Android, por exemplo, é feita pelo próprio Google e que, por isso, as frases soam genéricas, pois têm o propósito de servir a vários apps.


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