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Profissão: jogar videogame

Torneios de games ganham espaço no país; muitos têm as competições como profissão e fonte única de renda

ANDERSON LEONARDO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A mais recente Brasil Game Show, realizada entre os dias 8 e 12, reservou metade de um pavilhão do Expo Center Norte, em São Paulo, para um torneio do jogo de ação e estratégia "Dota 2".

Havia palco, quatro telões dispostos pela área e assentos para milhares de espectadores. Estrutura voltada não só para o público que compareceu à feira mas para quem estava assistindo à disputa pelo Twitch, serviço de transmissão de jogos.

Com narradores e comentaristas, a Brasil Game Cup, torneio internacional organizado pela própria BGS, reuniu oito times que jogam videogame profissionalmente. Cada equipe era formada por cinco integrantes.

"As melhores da América Latina", segundo Marcelo Tavares, criador da BGS. Dentre elas, cinco brasileiras, duas peruanas e uma argentina.

O maior prêmio do campeonato, de R$ 40 mil, foi conquistado pela equipe de "Dota 2" da organização brasileira de e-sport (esporte eletrônico) PaiN Gaming.

Os integrantes do time dizem ter treinamento puxado para encarar os torneios. "Praticamos juntos, aproximadamente oito horas por dia, e estudamos a maneira como os adversários jogam", diz o capitão Danilo Silva.

Desde 2013, ele e mais três membros da equipe têm como única atividade profissional e rentável a dedicação ao "Dota 2" --apenas um trabalha em outra área. Todo mês, ganham uma ajuda de custo de três dígitos, além do valor dos prêmios.

A PaiN é uma das organizações mais populares e consolidadas do país, com patrocinadores de peso. No Facebook, contabiliza mais de 370 mil fãs.

Algumas pessoas fazem fila para tirar fotos e garantir autógrafos dos ciberatletas, como aconteceu na BGS com o time de "League of Legends" da PaiN.

"O e-sport está num momento ascendente de desenvolvimento no país", avalia Philipe Monteiro, gerente de esporte eletrônico da Riot. "Nunca ele teve tanta atenção e profissionalismo."

Monteiro acredita que faltam tempo e apoio do governo para que o e-sport brasileiro alcance o de outros países, como Estados Unidos e Coreia do Sul. "Eles começaram [a investir no ramo] mais cedo que o Brasil."

'LOL'

Lançado em 2009, "League of Legends" ainda é o "Moba" (arena de batalha multijogador on-line, na sigla em inglês) mais jogado da atualidade, com 67 milhões de usuários ativos por mês no mundo todo, oito vezes mais que "Dota 2", de 2013.

"LoL" também faz bastante sucesso no Brasil. Em abril, no Rio de Janeiro, a final de um campeonato brasileiro de "LoL" atraiu 6.000 pessoas e lotou o Maracanãzinho, onde costumam ocorrer partidas de basquete e voleibol.

Ambos os jogos têm objetivos parecidos: os jogadores precisam criar exércitos para derrotar os soldados inimigos e destruir suas bases.

"Dota 2" tem crescido no Brasil e no mundo. Em 2013, o torneio The International, realizado anualmente em Seattle (EUA) desde 2009, distribuiu quase US$ 11 milhões em prêmios no total para os melhores colocados.


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