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Lumia 920 é pesadão, mas fotografa bem
Desprezo de desenvolvedores pelo Windows Phone atrapalha topo de linha da Nokia
O Lumia 920, da Nokia, tem uma das melhores câmeras entre os smartphones à venda no Brasil. É o melhor aparelho com Windows Phone disponível por aqui.
Mas também está entre os mais pesados (185 g), gorduchos (10,7 mm de espessura) e caros (R$ 1.999).
Se o preço não chega a assustar, comparado ao de outros modelos de topo de linha, o peso e a espessura do belo aparelho causam espanto em pleno ano 2013 e prejudicam o uso.
Entusiastas de fotografia talvez o perdoem, principalmente em situações de pouca luminosidade.
Mesmo com boas câmeras de celular, uma vista noturna de prédios quase sempre se converte em um triste registro de escuridão total com alguns pontos de luz.
No Lumia 920, a mesma cena é capturada com claridade e detalhe impressionantes.
O Windows Phone flui muito bem no Lumia 920, mas a Nokia pouco pode fazer para solucionar os velhos problemas que afligem o sistema.
Elogiado pela crítica e apreciado por seus poucos adeptos, o Windows Phone há tempos é visto como o sistema do futuro -um futuro que parece não chegar nunca.
É verdade que, com poucas exceções, como o Instagram, todos os principais aplicativos para smartphones estão presentes no sistema da Microsoft: WhatsApp, Netflix, Twitter, "Angry Birds".
O problema é que, por causa de sua fraca participação no mercado, o Windows Phone é tratado como cidadão de segunda classe pelos desenvolvedores: as novidades chegam sempre primeiro ao Android e ao iOS, enquanto as versões para o sistema da Microsoft ficam defasadas.
A salvação do Windows Phone pode estar não nos aparelhos de topo de linha, como o Lumia 920, mas nos modelos mais baratos, como o 620, lançado no Brasil, e o 520, apresentado neste Mobile World Congress.
Graças ao rigor da Microsoft com as fabricantes parceiras, aparelhos de baixo custo com Windows Phone costumam ser bem melhores que os equivalentes com Android, não raro lentos e com tela ruim e versões muito antigas do sistema do Google.
Se as vendas dos Windows Phones baratos decolarem, talvez os desenvolvedores finalmente prestem atenção à plataforma da Microsoft.
