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Futuro conectado requer tecnologia mais acessível

Aparelhos atuais oferecem bastante poder, mas são caros e difíceis de usar

Onipresença de dispositivos ligados à rede deve ampliar acesso e ajudar a nos entender melhor

EMERSON KIMURA DE SÃO PAULO

O futuro terá aparelhos e sistemas mais inteligentes, conectados e fáceis de usar. Mas, para chegar a ele, será necessário superar desafios difíceis.

"Temos nos bolsos um poder computacional maior do que o usado para enviar a Apollo à Lua", diz Brian David Johnson, futurólogo da Intel. Mas é um poder caro. "Há muitas pessoas sem acesso a isso."

Paulo Iudicibus, diretor de novas tecnologias e inovação da Microsoft, acha que o acesso poderá ser ampliado com a esperada "explosão de dispositivos de vários preços, tamanhos e tipos".

Esse conjunto de novos aparelhos e sensores precisará também ser fácil de usar.

"A interface homem-máquina é um problema", diz Fernando Martins, presidente da Intel Brasil. Para ele, a capacidade de o computador entender o que vê -algo que poderia facilitar muito o uso dele- ainda é "bastante limitada".

"Por que, ao comprar um eletrônico, você precisa aprender a usá-lo? Não deveria ele aprender como você quer usá-lo?", questiona Steve Furber, professor da Universidade de Manchester e um dos criadores do processador ARM.

"Mas isso requer que o produto monte um modelo de seu usuário, assim como nós montamos modelos das pessoas com quem interagimos. Isso exige muitos avanços em inteligência natural, uma área que ainda não foi resolvida porque entender o cérebro humano é um desafio muito difícil."

Para Johnson, a solução pode estar na própria onipresença de poder computacional. "Podemos começar a interagir com tecnologias não apenas por meio de toque, voz ou gestos, mas simplesmente vivendo com elas. Em um mundo rodeado por poder computacional, seus dispositivos poderão ter um entendimento muito mais profundo de quem é você e poderão mudar conforme as suas necessidades."

Tanta evolução exigirá um uso de energia mais eficiente, diz Furber. Segundo ele, o custo de ter um computador hoje está mais concentrado no uso total de energia do que no preço do hardware.

O maior desafio para avançarmos, diz Johnson, é a nossa própria imaginação, "a nossa habilidade de pensar os futuros que nós queremos viver e também os futuros que nós não queremos viver".

Para Iudicibus, o próprio ser humano é o maior obstáculo. Ele lamenta que a tecnologia ainda seja pouco usada para resolver grandes problemas da humanidade, como desigualdade, analfabetismo, epidemias e doenças incuráveis. "Nós mesmos podemos ser a barreira do poder que poderíamos criar com a tecnologia."

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