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Sem tela, televisão será focada nas experiências

Para diretor do MIT, a TV deixará de ser apenas um aparelho eletrônico

Telespectador vai ser imerso no programa, com a sensação de que estará no espaço 3D da imagem escolhida

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Principal tela da população mundial há muitos anos, a televisão caminha para o desaparecimento. A novela e o futebol continuarão a ser o prato principal do telespectador nacional. Mas, no futuro, o que define a TV como a sabemos se tornará invisível.

"A TV será definida como uma experiência, e não como um aparelho eletrônico", diz V. Michael Bove, diretor do grupo de Mídias Baseadas em Objetos do Laboratório de Mídia do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

"Ela será menos sobre um dispositivo específico em um cômodo de sua casa e mais sobre a criação de experiências que envolvem os programas que temos agora, só que com funções adicionais."

Assim, tela, controle remoto e o método de transmissão tendem a ficar mais escondidos, a serviço do que o espectador deseja experimentar.

Claro, impossível imaginar uma televisão sem tela, mas as resoluções, com cada vez mais pixels e pixels cada vez menores, tendem a deixar as imagens cada vez mais reais, dando a sensação de que não existe separação entre a vida e a programação.

A União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU responsável por questões tecnológicas relacionadas à comunicação, espera a consolidação das telas com Ultradefinição (que têm quatro vezes o número de pixels do Full HD) já em 2016.

E o que imaginar para os próximos 30 anos? "É fácil imaginar o aparelho de TV ficando mais parecido com o 'holodeck' de 'Jornada nas Estrelas', no qual os telespectadores serão imersos em um programa. Esse é o tipo de experiência que coloca as pessoas no espaço 3D da imagem", diz Bill Hayes, vice-presidente da Sociedade de Tecnologia de Difusão do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos).

Enquanto isso, o controle remoto deverá desaparecer mesmo. Ele poderá ser incorporado ao smartphone, ou ser uma central que entende comandos de voz e gestos -algumas TVs atuais já incorporam essas tecnologias, ainda que os resultados não sejam satisfatórios.

Melhor ainda será quando a TV entender o que você deseja sem que você precise pedir. "Consciência de contexto significa que o aparelho fará observações sobre seus usuários e, gradualmente, se tornará mais inteligente", diz Bove. Exemplo: a um torcedor do São Paulo, a TV deixaria de avisar sobre jogos do Corinthians na programação.

DESMATERIALIZAÇÃO

Marcelo Zuffo, coordenador do Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas da USP (Universidade de São Paulo), também aponta a tendência que batizou de "desmaterialização da rede".

Isso significa que os métodos de transmissão -"broadcast" (feito pelos canais tradicionais) e "streaming" (feito por serviços como o YouTube)- vão se misturar. O telespectador não saberá (ou não precisará saber) por qual das duas vias receberá seu programa preferido.

Ele não terá que sentar na frente do aparelho às 21h, pontualmente, para ver a novela, pois o programa poderá aparecer na tela sempre que quiser, independente da origem.

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