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Turismo

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Nova Zelândia no verão

Sob sol, capital e vulcão são bons passeios

Em dias de temperaturas altas, região metropolitana de Wellington, tida como "cidade dos ventos", vale a visita

Turista não deve passar por ali só para embarcar para a ilha sul; uma vez na ilha de baixo, não deixe ir a vulcão ativo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
NA NOVA ZELÂNDIA

No verão neozelandês, um dia com mais que 20ºC é considerado quente.

Sim, isso mesmo. Apesar das temperaturas relativamente baixas, o país recebe alta concentração de raios ultravioleta, e a tríade protetor solar, óculos escuros e chapéu é obrigatória.

Durante a estação, os dias são longos e é comum o sol se pôr depois das 21h.

PIQUENIQUE EM 'WELLI'

Capital da Nova Zelândia desde 1865, Wellington é conhecida como "a cidade dos ventos", que já atingiram 248 km/h. Muitos turistas passam por ali só para embarcar para a ilha sul.

Mas não deveriam.

No verão, em um dia de calmaria, é fácil acreditar no bordão que se ouve por ali: "Nothing beats 'Welli' on a good day" [Nada é melhor que Wellington em um dia de sol].

A combinação é certeira. Sitiada por colinas, a cidade reúne belas paisagens e uma cultura pulsante.

Com cerca de 440 mil habitantes em sua região metropolitana, tem mais cafés por habitante do que Nova York. Um a cada esquina.

Café ali é coisa séria: a cidade serve "lattes" e "flat whites" (drinque criado no país) que beiram a perfeição.

O neozelandês Marco Kerkmeester se inspirou em uma dessas cafeterias para a abrir a primeira unidade do Santo Grão em São Paulo.

Pode-se dizer que a Cuba Street, na região central, é um microcosmo da cultura de Wellington, com suas cafeterias (a Olive, no número 170, e a Plum, no 103, são bons locais para tomar um cafezinho), pubs, livrarias e brechós.

Além, claro, do Mighty Mighty, reduto de jovens que curtem bandas alternativas.

Dali, é possível chegar ao Civic Square, onde engravatados almoçam, estudantes namoram e turistas leem sobre a grama e sob o sol.

Repensada pelo arquiteto local Ian Athfield, a praça reúne a biblioteca -com vista para o mar!- e a galeria de arte municipal e conecta o centro comercial da cidade à região portuária -o "waterfront"- palco de atividades ao ar livre e solo do Te Papa (tepapa.govt.nz), principal museu neozelandês.

A entrada para a maioria das exposições é gratuita.

Antes de o sol se pôr, corra para a Lambton Quay (no centro) e pegue o bonde para o Jardim Botânico. Compre vinho e queijo e termine o dia com um piquenique.

CHEGADA À LUA

Caminhar 19,4 km na trilha que atravessa o vulcão Tongariro, ativo, no centro da ilha norte, é atividade indispensável para quem vai à Nova Zelândia. O verão é a melhor época para essa aventura.

Nas outras estações, o tempo é mais instável, e o turista pode ser obrigado a voltar -o que já aconteceu com esta repórter durante o outono.

A trilha é uma das preferidas de Marco Kerkmeester.

"Parece que você está na lua", diz ele.

O dia começa antes das 7h, quando um ônibus leva o turista de povoados como Turangi ao estacionamento do parque nacional Tongariro, criado em 1887.

É preciso levar bastante comida e água, usar botas para trilhas e roupas adequadas caso a temperatura esfrie (venta muito no topo do vulcão). Se o tempo fechar inesperadamente, é recomendável dar meia-volta.

O cenário inspirador ajuda a aguentar a subida árdua e todo o esforço é recompensado quando se alcança o pico.

Ali estão as lagoas Esmeralda, assim nomeadas por motivos óbvios. Aproveite: é hora de sentar, admirar a vista e repor as energias antes de continuar a caminhada, que acaba lá pelas 15h.

LAGOS PROFUNDOS

Para Jerry Clode, outro passeio imperdível é a rota que separa as cidades de Queenstown a Dunedin, conhecida como Southern Scenic Road (southernscenicroute.co.nz).

Saindo de Dunedin, é possível viajar pela estrada vendo a costa. "As praias são incríveis, contornadas por floresta nativa", diz Clode.

No caminho, a baía de Porpoise, povoada por "marsopas" -cetáceos menores que os golfinhos-, é ideal para "caminhar, nadar ou surfar".

À oeste, está o parque nacional Fiordland. Oito vezes maior que o parque Ibirapuera, o parque abriga dois dos mais profundos lagos do país e 15 fiordes -Milford Sound é incrível- em uma paisagem esculpida em centenas de milhões de anos.


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