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Design hostel

Decoradores, fotógrafos e até objetos garimpados em feiras de antiguidades dão nova roupagem a albergues, que estão de olho em hóspedes cada vez mais exigentes

YASMIN ABDALLA DE SÃO PAULO

Quem já se hospedou em um albergue sabe como coisas simples fazem a diferença: uma luz e uma tomada para cada cama, um número confortável de banheiros por hóspede ou uma área de convivência descolada.

O conceito de hostel design nasceu para explorar ainda mais esses detalhes e trazer para o albergue, famoso por suas acomodações baratas, toques visuais e serviços diferenciados que podem mudar a experiência do turista.

A preocupação com a decoração é requisito básico para um hostel assim. O We Hostel Design, em São Paulo, convidou o arquiteto Felipe Hess para transformar o casarão do início da década de 1920, na Vila Mariana (zona sul), em um ambiente descolado, com móveis e itens de decoração pincelados em feiras de antiguidades. Já o Oztel, em Botafogo, no Rio, trouxe o fotógrafo Felipe Morozini para assinar a direção criativa.

Carlos Augusto Alves, ex-presidente da Federação Brasileira dos Albergues da Juventude e sócio do Porto Alegre Hostel Boutique, diz que o custo da instalação de um hostel desse tipo é quase o dobro do que o de um albergue normal. "É preciso ter um cuidado com louças, lençóis e colchões oferecidos."

O clima festivo, é claro, não pode faltar. O F Design Hostel, em Salvador, organiza festas no Urubu Club, espaço que funciona dentro do albergue, com a intenção de promover a interação entre hóspedes e nativos.

Apesar de ainda não haver um selo que diferencie esse tipo de acomodação, Adriano Medeiros, sócio do hostel design baiano, conta que os donos de albergues desse perfil estão se reunindo para criar um certificado com padrões de qualidade.

Fernando Blower, sócio e idealizador do Oztel, no Rio, que participa dessas rodadas, acredita que a preocupação com a estrutura seja uma das prioridades. "É preciso ter cuidado com os serviços propostos, como o número de banheiros por cama, e com a aparência do lugar."

O público desses hostels é majoritariamente brasileiro, relativamente mais velho e disposto a pagar mais por um serviço diferenciado. Em média, a diária em um hostel design, no Brasil, custa duas vezes mais que em um convencional, em quarto coletivo.

"Chamamos nosso hóspede de flashpacker'. Ao contrário do backpacker', que está a procura do mais barato, nosso cliente está atrás de experiências", diz Blower.


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