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Museu é a nova 'ponte' entre povos e culturas
MuCem conecta Mediterrâneo ao norte da África e ao Oriente Médio
'Capital secreta' da França abriga o maior porto francês e segunda população do país, com 900 mil habitantes
Marselha renasceu em 2013 para, na condição de Capital Europeia da Cultura, celebrar, com uma constelação de eventos, shows, exposições de arte e debates, a sua inovação museológica e diversidade étnica.
No epicentro da transformação está o MuCem, museu construído na entrada do Vieux-Port, o velho porto --e aberto em meados deste ano.
Ultracontemporâneo, o MuCem conecta, cultural e historicamente, a urbe portuária ancestral da Provença a cidades mediterrâneas da Europa, ao norte da África e ao Oriente Médio.
"CAPITAL SECRETA"
Maior porto francês e segunda cidade mais populosa do país, depois de Paris, Marselha é uma metrópole de cerca de 900 mil habitantes que já foi "patinho feio." Hoje, "avis rara", é chamada pelo "The New York Times" de "capital secreta da França".
Batizada de Massália pelos romanos, que a cercaram em 49 a.C., Marselha nasceu na verdade Massília, no séc. 8º a.C., quando navegantes de origem grega adentraram um porto natural e estratégico encravado numa costa calcária do mar Mediterrâneo e se mesclaram à população local, de origem lígure.
Nesse momento em que tudo é festa e franca ebulição no sul da França, o Vieux-Port, sempre repleto de veleiros, de pequenas embarcações de pesca e de barcos de turismo, ganhou uma marquise espelhada projetada pelo arquiteto contemporâneo Norman Foster e anda pontilhado de estátuas do surrealista Salvador Dalí.
Em resumo, em 2013, ao mudar radicalmente, Marselha soube se reinventar e, ao mesmo tempo, reforçou sua personalidade. Dito isso, dá até vontade de mudar também: é pra lá que eu quero ir.