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Turismo

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Vieux-Port é espécie de sala de visitas marselhesa

Do velho porto, partem barcos que conectam o coração da cidade às ilhas

Diminuta ilha de If é ocupada por forte que serviu de inspiração para o romance 'O Conde de Monte Cristo'

EM MARSELHA (FRANÇA)

Debruçada no Mediterrâneo numa região habitada continuamente desde a pré-história, Marselha é quente. No verão, os termômetros atingem os 30°C --e o sol não se põe antes das 21h. Anteontem, no outono europeu, a temperatura era de 18ºC.

Isso explica, em parte, a informalidade de seus habitantes, a onipresença das bermudas e das sandálias, os bares com mesas ao ar livre, as sorveterias e as praças e calçadões repletos de gente.

Do velho porto, o Vieux-Port, uma sala de visitas turística marselhesa, partem barcos de passeio que conectam o coração da cidade às ilhas Frioul e If, a menos de 3 km de distância (frioul-if-express.com). Ou que vão, dependendo da condição do mar, em passeios de três horas (croisieres-marseille-calanques.com) até os Calanques, região de falésias à beira-mar cuja paisagem o escritor-aviador Antoine de Saint-Exupéry comparou à Lua em "O Pequeno Príncipe" (1943).

Visível de Marselha, a diminuta ilha de If é totalmente ocupada por um forte de 1529 e inspirou o romance "O Conde de Monte Cristo" (1844), de Alexandre Dumas; maior, o arquipélago do Frioul, é frequentado por banhistas, abriga um píer e é rodeado de barzinhos. O cenário, pedregoso, é bom para piqueniques e caminhadas.

O Vieux-Port, onde a cidade toda passeia enquanto os camelôs vendem badulaques, é margeado de um lado pelo Quai du Port e de outro pelo Quai de Rive-Neuve.

Na área atrás do porto, próximo da estação Vieux-Port do metrô, tem início o bulevar La Canebière, a grande avenida comercial de Marselha. É por ali, na confluência da Canebière com a rue de La République, que fica o comércio menos turístico e, também, o centro de compras Centre Bourse.

Dentro do Centre Bourse, uma loja das Galeries Lafayette tem supermercado com variedade de frutas, verduras, vinhos, patês e guloseimas e comidinhas bem francesas.

Numa transversal da av. Canebière, a rua Saint-Ferréol abriga lojas de marca; já a paralela rua de Rome, agitada, tem lojas menos chiques.

Atrás, num emaranhado de ruelas mais ou menos próximas da estação de metrô Noailles, estão mercadinhos, doçarias e feiras livres bem populares que distinguem Marselha como reduto de imigrantes africanos, orientais e árabes do norte da África.

Oferecendo infinidade de temperos, frutas secas e toda a sorte de conservas, pimentas, cereais e castanhas, a loja Saladin (saladin-epicesdumonde.fr) é inigualável.

Mais ocidental, a Maison Empereur (empereur.fr), fundada em 1827, é uma labiríntica loja retrô tem-tudo que vende artigos de qualidade para cozinha, facas, brinquedos, alpargatas, ferramentas, louças e quinquilharias.

NO PANIER

Outra variada área de Marselha é o bairro do Panier, espécie de Vila Madalena paulistana com sabores locais.

Subindo uma das escadarias que ligam Quai du Port, ao lado do Vieux-Port, em direção à praça do Lenche, a festejada sorveteria Le Glacier du Roi (leglacierduroi.lesite.pro) é parada obrigatória. Ainda no Panier, no entorno do Pavilhão M, que centraliza informações das atividades da Capital Europeia da Cultura em 2013, há uma infinidade de locais simpáticos.

Ali, o prédio mais imponente é o l'Hotel Dieu, que abriga o hotel InterContinental, onde um bar ao ar livre descortina uma vista do porto e, atrás dele, no cume de uma elevação calcária, a igreja Notre Dame de la Garde.

LA BONNE MÈR

Basílica situada no ponto mais alto de Marselha, essa igreja, tal como é hoje, data de 1864. Mas ali já existia uma capela desde 1214.

Descortinando uma vista idílica de Marselha, essa igreja que marselheses chamam de Bonne Mère, ou "boa mãe", é visitada em tours de trenzinho ou nos passeios do ônibus L'Open Tour. Caros (€ 18 por dia ou € 21 por dois), esses ônibus fazem 13 paradas e partem do Vieux-Port. Nos passeios realizados pela reportagem da Folha, o serviço de narrativa não funcionou (marseillelegrandtour.com). Consta que a gravação está desativada. (SILVIO CIOFFI)


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