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Turismo

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Museus refletem importância histórica

De Van Gogh a Dalí, passando por Matisse e Picasso, Palácio Longchamp destaca-se com sua coleção de Belas-Artes

Outros destaques são o Museu de História Natural, o Château Borélly e o museu da História de Marselha

SILVIO CIOFFI EM MARSELHA (FRANÇA)

"Marseille S'expose", crava a capa da revista que apresenta os museus de Marselha em 2013, entre eles o MuCem. Mas mesmo uma edição do pioneiro guia de turismo Baedeker's, editada 99 anos atrás, já anotava vários dos museus ativos por lá: o Palácio Longchamp, com destaque para a coleção de Belas-Artes e o Château Borélly.

De todo modo, só mesmo as edições bem novas trazem informações sobre o MuCem, codinome de Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo, projeto do arquiteto ultracontemporâneo de Rudy Riciotti, que abriu as portas em meados deste ano.

Se é verdade que os museus refletem a importância que uma cidade dá para a história, a riqueza cultural e a inovação, Marselha reúne, sem pose, uma coleção de instituições desse tipo.

A época dos romanos pode ser testemunhada no singelo museu das Docas Romanas, sobre sítio arqueológico verídico perto do Vieux-Port, na Place Vivaux, 10. Além de ânforas e âncoras, há vestígios de estatuetas, ferramentas, moedas etc.

Já do museu da História de Marselha exibe um navio do século 3º, localizado no prédio do Centre Bourse, dá para observar sítio arqueológico que conserva vestígio das docas gregas no século 1º.

A partir do século 11, Marselha estava entronizada como um pujante entreposto comercial do Mediterrâneo. Em 1543, foi visitada pelo frota do almirante turco Khair Al-Din. Então, fazia transações com a região do Levante como intermediária entre o Oriente Médio e as arquirrivais repúblicas Sereníssima (Veneza), e Soberba (Gênova).

A bonança econômica duraria até 1720, quando a cidade foi atingida pela peste.

Já recuperada em 1760, Marselha se dedicou ao comércio com o Caribe e a América Latina, como pode ser visto na coleção de artes decorativas do Museu Borélly, que reúne coleções de louças e faiança e mobiliário de uma aristocrática família de negociantes marselheses.

Quem já visitou Marselha neste ano, viu quadros que Van Gogh, Cézanne, Gauguin, Monet, Renoir, Signac, Cross, Maillon, Marquet, Derrain, Maillol, Braque, Dufy, Matisse, Bonnard, Dalí e Picasso fizeram na Provença no Palácio Longchamp.

O palácio em si, na praça Henri Dunant, erigido no século 19, mostra uma era de ouro de Marselha, tem fontes e colunas da época do Segundo Império. Ele abriga dois museus, o de Belas-Artes e o de História Natural.

E se é verdade que os últimos serão os primeiros, para decifrar o que se passa agora em Marselha, dedique tempo ao novíssimo e inovativo MuCem --isso antes ou depois de flanar pelo Vieux-Port e aproveitar o bairro do Panier.

Com prédios pós-modernos edificados sobre uma ilha artificial, ocupando uma área de 15.500 m2, o MuCem é agora um dos maiores museus de história em toda a Europa.

Empenhada em mostrar vividamente Marselha como uma cidade do mundo, a mostra principal, "En Noir et Bleu", reúne pinturas, esculturas, fotografias, manuscritos, documentos raros e extratos de filmes mostrando as relações e o advento do turismo entre as velhas e inter-relacionadas cidades da zona do Mediterrâneo. No centro dessa exibição do MuCem, um filme mostra como, há cem anos, Marselha, Barcelona, Istambul e Alexandria eram incrivelmente parecidas.


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