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Turismo

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Praia é umas das 'capitais' do kitesurfe

Cumbuco atrai esportistas dos mais diferentes países em busca de seus ventos fortes, que podem atingir 30 km/h

Pousadas oferecem hospedagem, aulas e loja de equipamentos para quem pretende praticar o esporte

DO ENVIADO A CUMBUCO (CE)

"O Havaí do kitesurfe." É assim que os praticantes do esporte chamam Cumbuco.

Quem vai à praia só para um passeio de buggy não imagina que ela é considerada uma das melhores do mundo para a prática do kitesurfe: de longe se avistam as pipas coloridas, que se misturam ao céu azul de Cumbuco.

Por isso, o local atrai turistas de vários países e de diferentes Estados do Brasil, e desenvolveu um turismo específico do kitesurfe. Há de norte-americanos a europeus de diversas nacionalidades, como alemães, austríacos, espanhóis e italianos, passando também por asiáticos --principalmente coreanos.

O kitesurfe consiste em fazer manobras sobre uma prancha impulsionada pela força do vento, que é captado por uma pipa segurada pelo praticante enquanto se equilibra sobre a prancha.

Há pousadas voltadas diretamente para os praticantes do esporte, que oferecem hospedagem, aulas e loja de equipamentos. Várias delas, inclusive, foram fundadas pelos próprios estrangeiros.

O que atrai tanta gente é o vento: forte e constante durante todo o dia ao longo do segundo semestre, que é a alta temporada do "kite".

Os ventos chegam a atingir 30 km/h, segundo as medições feitas pelo Climatempo.

CÉU COLORIDO

Os adeptos se espalham pelo mar e pelas lagoas de Cumbuco, mais fáceis para a aprendizagem por terem águas calmas. A mais popular é a lagoa do Cauipe, onde dezenas de praticantes sempre estão treinando.

Vice-campeã brasileira em 2012, a catarinense Samy Marins, 36, tem ido a Cumbuco todos os anos para treinar. Atualmente passa uma temporada de quatro meses por lá. "Em Florianópolis, o vento fica bom poucas vezes na semana", diz. "Aqui, sabemos que temos vento de manhã até a noite, todo dia."

O lugar foi descoberto pelos estrangeiros do kitesurfe por volta de 2007.

"Fazíamos campeonatos de windsurfe, sandboard' e outros relacionados a vela. Com o advento do kitesurfe, houve esse crescimento aqui pelo favorecimento natural dos nossos ventos", explica o secretário de Turismo de Caucaia, Silvio Lobato.

Um dos pioneiros do kitesurfe em Cumbuco, Alex Coelho, 49, começou com uma loja de windsurfe e acabou fazendo a transição para o "kite". Hoje, ele tem duas lojas e uma pousada, a Kitecabana (tel. 0/xx/85/8818-1966), que oferece aulas do esporte.

Segundo ele, com o boom do "kite", os estrangeiros começaram a comprar terrenos e até a montar pousadas na região de Cumbuco.

"Às vezes, você chega na lagoa do Cauipe e estão lá o campeão mundial, o vice e o terceiro colocado treinando", conta Coelho.

O windsurfe acabou caindo em desuso por lá. O surfe resiste em alguns pontos, mas a paisagem mais comum é a das pipas do "kite".

O grande número de praticantes tem provocado uma competição por espaço com os banhistas. A Secretaria de Turismo estuda delimitar as áreas de "kite" e as de banho, para evitar acidentes. (AT)


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