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Na trilha dos pés peludos

Nova Zelândia aproveita lançamento de 'O Hobbit 2' para atrair fãs da série iniciada com 'O Senhor dos Anéis'

VANESSA BARBARA COLUNISTA DA FOLHA, ENVIADA ESPECIAL À NOVA ZELÂNDIA

Quando o diretor neozelandês Peter Jackson escolheu seu país para filmar a trilogia "O Senhor dos Anéis", baseada na obra de J. R. R. Tolkien, a decisão foi certeira: para ele, nenhum outro lugar reunia uma variedade tão grande de paisagens num território reduzido.

Inspirado numa mítica era pré-histórica com traços da Inglaterra rural, o universo da Terra-Média (Middle-Earth) do filme é composto de vales profundos, desfiladeiros, desertos pedregosos, colinas, vulcões, florestas, lagos, cordilheiras, picos nevados, cascatas, geleiras, rios e planícies.

Ao mesmo tempo, a equipe aproveitou-se da proximidade com a civilização e de recursos de metrópoles como Auckland e Wellington, sede da companhia de efeitos especiais Weta Digital.

A primeira trilogia foi filmada em 1999 e 2000 em mais de 150 locações, incluindo a região vulcânica do monte Ruapehu, na ilha norte, que fez as vezes da montanha da Perdição, onde Sauron forjou o Anel, e as suaves colinas de Matamata no papel de Condado, terra dos hobbits.

Onze anos depois, em 2011, teve início a filmagem da nova trilogia, que durou 266 dias, durante os quais Jackson utilizou localidades como o lago Tekapo (de um azul-turquesa vivo) e o gélido monte Cook, o mais alto do país.

No próximo dia 13, estreia nos cinemas o segundo filme da nova série. Em "O Hobbit 2: A Desolação de Smaug", Bilbo Bolseiro retoma sua aventura com um grupo de anões em busca do tesouro roubado por um dragão.

Mais uma vez, a Nova Zelândia faz questão de explorar o potencial turístico dos filmes tolkenianos. Em 2001, o governo fundou um Ministério do Senhor dos Anéis, com a atribuição de auferir vantagens econômicas a partir da franquia. Ano passado, pouco antes da estreia do primeiro capítulo da nova trilogia, o Departamento de Turismo lançou a campanha "100% Nova Zelândia, 100% Terra-Média". Já a companhia Air New Zealand produziu um vídeo de procedimentos de emergência com magos e trolls.

Hoje incontáveis empresas oferecem tours para fãs da obra, que vão de passeios tradicionais com guias vestidos de orcs a experiências de aventura, passeios de caiaque e de helicóptero.

ILHA NORTE

Um dos poucos cenários que restaram intactos das filmagens de "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit" pode ser visitado em Matamata. É lá que se encontra Hobbiton, fazenda que serviu de base para o Condado. São 44 tocas coloridas nas montanhas, um moinho, um lago, uma ponte, um carvalho e a taverna Green Dragon, onde se pode tomar uma cerveja artesanal.

Mais ao sul, em Hamilton, a Hairy Feet (Pés Peludos) oferece excursões pelo vale Mangaotaki --a floresta Trollshaw, onde Bilbo recebe a espada de Gandalf, entre outras cenas-chave de "O Hobbit".

A Nova Zelândia oferece nove famosas trilhas, chamadas de Great Walks. Uma das mais evocativas para os fãs de Frodo e Sam é a Tongariro Northern Circuit (49 km, três dias), com vulcões, lagos e vista para o monte Ngauruhoe --a montanha da Perdição.

Já na capital, Wellington, uma atração obrigatória é a Weta Cave, ao lado do estúdio de efeitos especiais Weta Workshop. Foi lá que se confeccionou a estátua de Gollum que se encontra no aeroporto de Wellington e das águias --uma delas com Gandalf-- apresentadas ao público no início desta semana, em comemoração ao lançamento de "O Hobbit 2".

ILHA SUL

A despeito dos atrativos da ilha norte, as locações mais impressionantes se encontram na ilha sul, um território menos habitado e tomado por florestas alpinas, fiordes, lagos glaciais e cachoeiras.

Entre os cenários deste próximo filme está o rio Pelorus, onde os anões são arremessados dentro de barris na tentativa de fugir de elfos. Há passeios de caiaque pela região onde a cena foi filmada.

Quem deseja alcançar o ponto onde a Sociedade do Anel chora a perda de Gandalf deve contratar a Nelson Helicopters, com pilotos que ajudaram nas filmagens. Para visitar o local onde se construiu Edoras, capital de Rohan, os turistas podem contratar a Hassle-Free Tours, que sai de Christchurch. O passeio de jipe dá direito a uma vista panorâmica das montanhas da Névoa e do Abismo de Helm.


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