Folha de S.Paulo

48 horas em Petrópolis

LIVIA SCATENA ENVIADA ESPECIAL A PETRÓPOLIS (RJ)

A cidade de Pedro. Pertinho do Rio (a 68 km), Petrópolis já foi a capital de verão do país. Era lá que dom Pedro 2º e sua corte passavam os meses mais quentes do ano, para fugir do calor do Rio, então capital do Brasil.

Quer copiar a família real? A baixa temporada acaba em abril na cidade --até lá, dá para aproveitar hotéis com preços melhores. Leia a seguir dicas para curtir Petrópolis.

Sábado, 10h
Jarras, xícaras, vasos, pratos e enfeites estão entre os produtos fabricados na Cerâmica Luiz Salvador, fundada em 1952 e instalada até hoje na estrada União e Indústria, 10.588. A loja, que que fica no distrito de Itaipava, é decorada com utensílios para a casa, todos pintados a mão.
Dá para comprar, por exemplo, uma caneca por R$ 17, um açucareiro por R$ 51 e uma fruteira por R$ 216.

12h30
Saindo da loja, vá ao Hortomercado (estrada União e Industria, 9.500), em Itaipava, no caminho do centro de Petrópolis. O tradicional bar do local oferece, além de várias opções de cachaças, o combo cerveja e pastel (o de queijo custa R$ 3, o de carne, R$ 4) mais procurado da região. Leve dinheiro: o estabelecimento não aceita cartões.
Muitos dos 36 boxes do local vendem produtos orgânicos (o de número 8 tem doces artesanais e bisoitinhos). Abre às sextas (das 9h às 18h), sábados (das 8h às 18h) e domingos (das 8h às 13h).

14h
No centro, dá para finalizar o almoço na Casa do Alemão (casadoalemao.com.br) da rua 16 de Março. O local é pequeno, mas vale a pena entrar na fila para provar o croquete de carne (R$ 4,80) e o sanduíche de linguiça (R$ 9,10)

15h
O Museu de Cera de Petrópolis é o primeiro do tipo no país, aberto há dois anos. O casarão da rua Barão do Amazonas, 35, guarda, em tamanho real, figuras como dom Pedro 2º e o cantor Gilberto Gil. O museu abre de terça a domingo, das 10h às 17h e a entrada custa R$ 20.
Perto dali, fica a casa de Santos Dumont (rua do Encanto, 22), hoje um museu. Objetos, livros e o chuveiro de água quente inventado por ele estão expostos lá. As escadas foram projetadas para um ambiente diminuto, fincado em um morro. Abre de terça a domingo, das 9h30 às 17h30 (R$ 5).

17h30
Também no centro, na rua Alfredo Pachá, s/nº, fica o Palácio de Cristal. Inaugurado em 1884, foi inspirado nos palácios homônimos de Londres e do Porto. Sua estrutura, pré-moldada na França, foi encomendada pelo conde d'Eu, marido da princesa Isabel. O palácio recebe hoje shows e eventos culturais.

19h
Finalize o dia em um tour que faz sucesso entre os amantes de cerveja. O museu da Bohemia (rua Alfredo Pachá, 166) tem estações interativas, onde é possível aprender sobre os estilos cervejeiros. O ingresso custa R$ 19,50 e inclui duas degustações de cerveja. Aproveite para jantar no complexo. O restaurante tem opções como lula na frigideira com cogumelo (R$ 23,90).

Domingo, 11h
Visite o Museu Imperial (rua da Imperatriz, 220), casa de verão de dom Pedro 2º.
Entre os itens da coleção, estão a coroa do imperador e a pena com a qual princesa Isabel assinou a Lei Áurea em 1888. Para entrar, o turista deve usar uma pantufa para preservar o piso, original do século 19. O ingresso custa R$ 8 e o local funciona de terça a domingo, das 11h às 18h.

13h
Reserve um tempo para almoçar no restaurante Imperatriz Leopoldina, no hotel Solar do Império (av. Koeler, 376), um imponente casarão de 1875 que virou hospedagem há oito anos. O bacalhau com batatas é uma boa pedida. Custa R$ 65.
Depois, passe no Palácio Rio Negro, na mesma via (número 255), que serviu de casa de verão aos presidentes até o governo Costa e Silva (1967-69). A entrada é gratuita.

15h
A 1,5 km dali, está a Casa do Barão de Mauá (praça da Confluência, 3). De 1857, tem estilo neoclássico e só pode ser visitada por fora.

17h
No Sesc Quitandinha (av. Joaquim Rolla, 2), faça uma visita guiada no palácio homônimo (R$ 10), projetado em 1944 para para ser o maior cassino da América Latina.