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Obras proibidas de D. H. Lawrence estão em Taos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO NOVO MÉXICOAproveite um dia para ir a Taos (a 115 km de Santa Fé).
Há quem vá à cidade de menos de 6.000 habitantes para esquiar, relaxar nas águas termais ou comprar arte no centrinho de casas de adobe. Eu fui a Taos para ver o túmulo do ator e diretor americano Dennis Hopper. Não foi tarefa fácil, já que nem o GPS nem alguns residentes sabiam onde ficava o cemitério Jesus Nazareno.
O último pedido de Hopper, morto em 2010 de câncer, foi ser enterrado como os nativos americanos nessa cidade, onde ele morou por mais de dez anos, após se apaixonar pela região ao procurar locações para seu filme "Sem Destino" (1969).
O cemitério de terra batida tem túmulos feitos de montes de pedras e cruzes de madeira. É preciso circular para achar o de Hopper, com parafernálias deixadas por fãs, como garrafas de uísque e um ursinho de pelúcia.
O funeral de Hopper foi na igreja San Francisco de Asis --de adobe, claro--, primeira atração a dar boas-vindas aos turistas que chegam a Taos.
Hopper se mudou para Taos pela comunidade hippie que se formava na região. Até hoje é possível observar resquícios dessa época --a cidade tem galerias de artistas que ainda moram lá.
No centrinho, além das lojas de suvenir, está o hotel La Fonda, onde é possível ver as nove pinturas proibidas de D. H. Lawrence (1885-1930). O escritor inglês, autor de "O Amante de Lady Chatterley" (1928), foi outra personalidade que se refugiou na cidade, nos anos 1920. As obras foram exibidas em Londres em 1929, mas logo a exposição foi fechada por ser considerada obscena. Para vê-las, é preciso pagar US$ 6 (R$ 14).
Antes de deixar Taos pa- ra voltar a Santa Fé, vale subir 20 km a mais de car- ro pela rodovia 64 e atravessar a monumental ponte Rio Grande Gorge, uma das mais famosas do país, a 172 metros do rio. (FE)
