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Turismo

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Visita a maior mina de cobre só vale por vila-fantasma

Local foi esvaziado devido a efeito de gás

MAGÊ FLORES DA ENVIADA AO DESERTO DO ATACAMA

Outro passeio feito no deserto do Atacama é visitar uma mina. Em Calama, a maior cidade da região --são 140 mil habitantes--, o turista conhece a mina de Chuquicamata, a 16 km do centro do município. Aberta em 1882, é a maior mina aberta de extração de cobre do mundo: 4 km de largura e 800 m de profundidade.

Lá, não se entra sem sapato, calça, manga longa e capacete (este, fornecido pela empresa que administra a mina). O passeio, gratuito, dura cerca de três horas e é feito em um ônibus da Corporación del Cobre.

Em meio a montanhas de terra, chacoalho de ônibus e informações sobre a extração de minério dadas por um guia, o passeio, a princípio, parece uma furada: o turista vê a gigantesca mina com caminhões circulando na cratera.

Mas a vila construída em 1915 nos arredores da mina faz o tour valer a pena. No povoado, viviam cerca de 25 mil pessoas. Em 2007, a comunidade foi abandonada. Os gases vindos da extração do cobre eram prejudiciais à saúde e, por isso, foi necessário que as famílias se mudassem para um local mais distante.

Escola, praça, clube, bar, restaurante... Tudo ficou vazio. Durante o passeio, os turistas visitam a cidade-fantasma, que lembra um filme de velho oeste.

Surpreendentemente, mesmo com o ar seco, até os jardins da praça se mantiveram.

Durante a visita, um jardineiro regava as arvorezinhas. "Você já viu quando algum ex-morador vem até aqui? Choram falando da vida que tinham na vila. Eles não querem ver suas coisas sob a terra", diz. Ao fundo da vila, uma grande montanha cobre o antigo hospital da comunidade, referência na América Latina durante os anos 1960.


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